Complicação é comum em quem tem diabetes mal controlado e causa infecções e problemas na circulação
Fonte: Site Zero Hora - 28 de março de 2011.
Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado "pé diabético", uma doença que pode ser evitada através do controle das taxas de glicose.
Tais alterações podem causar neuropatia, úlceras, infecções, isquemia ou trombose, que começam a ocorrer geralmente quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado.
Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações.
Saiba tudo sobre o pé diabético:
Sintomas
:: Formigamentos, perda da sensibilidade local, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência, além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar-se. Normalmente a pessoa só se dá conta do problema quando este está em um estágio avançado e quase sempre com uma ferida ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação;
:: Os sintomas são mais frequentes após alguns com o diabetes mal controlado. Muitas pessoas passam a apresentar problemas de diminuição de circulação arterial e de sensibilidade em pés e pernas;
Prevenção
:: A medida principal é manter os níveis da glicemia controlados, exame visual dos pés diário e avaliação médica periódica;
:: Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés;
:: O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo precisa pedir a ajuda de alguém. Deve-se verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações;
:: É preciso manter os pés sempre limpos e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.
:: Use meias sem costura de algodão ou lã. Evite sintéticos, como nylon;
:: Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes. O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos;
:: É melhor que os pés estejam sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina;
:: Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação. As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de coro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos.
* Fonte Original: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia