Fonte: ABRASUS - 1º de junho de 2012.
A Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus) esteve no Hospital Psiquiátrico São Pedro na quinta, 31, conhecendo as dependências da primeira entidade psiquiátrica do Rio Grande do Sul.
Inaugurado em 1884, o Hospital São Pedro é referência no atendimento psiquiátrico no Estado e já chegou a receber em torno de 6 mil moradores. Atualmente, comporta 249 pessoas. A história centenária, atual infra-estrutura, programas e atividades foram alguns dos dados apresentados pela equipe do local às integrantes da Abrasus, entre elas a presidente Terezinha Alves Borges, a vice presidente Carmem Lia Marino, a secretária geral Marly Büttner e a conselheira fiscal Neci Bastos.
Elas conheceram também o residencial terapêutico Morada São Pedro, criado em 2002, e habitado atualmente por 54 moradores que residiam anteriormente no interior do São Pedro e, após algum período, receberam autorização para terem sua casa próxima ao hospital. Apesar de uma certa independência, essas pessoas contam com o auxílio da casa de saúde, que fornece medicamentos e alimentação.
Atuando na Sociedade de Apoio ao Doente Mental (Sadom), junto hospital, há 33 anos, a vice-presidente da Abrasus deu seu parecer sobre a visita: “A Abrasus se preocupa com a saúde e esteve no São Pedro para conhecer, saber quantos pacientes são atendidos, entre outras informações para poder se dedicar a tentar lutar pela conservação do hospital. Conhecemos as suas dependências, as unidades, o residencial terapêutico, o que foi muito positivo. Verificamos que a necessidade maior do São Pedro é a contratação de funcionários de enfermagem e médicos”.
A presidente Terezinha elogiou a estrutura do hospital e destacou a fragilidade dos 54 moradores das casas do residencial terapêutico, pontuando sua preocupação com a proteção destas pessoas, uma vez que, reinseridas à sociedade, podem estar expostas a riscos, como violência e roubo. “Percebemos que essas pessoas estão vivendo ao lado de uma vila. Penso que elas não deveriam estar em contato direto com este local, até mesmo por que algumas destas pessoas, que visitamos em suas casas, são idosas e fragilizadas. Ouvimos relatos de que elas, durante o dia, contam com o apoio de cuidadores contratados por elas mesmas, e a noite tomam medicação, ficando ainda mais vulneráveis”, afirma.