Fonte: ABRASUS - 20 de abril de 2012.
A Associação Brasileira em Defesa dos Usuários dos Sistemas de Saúde (Abrasus) visitou, na manhã de hoje, quatro farmácias privadas cadastradas no programa Farmácia Popular, do governo federal, na Restinga (zona sul de Porto Alegre). O objetivo foi verificar a disponibilidade de fornecimento da lista dos remédios subsidiados pela União, e conferir as principais queixas que chegam aos balcões, feitas por integrantes da comunidade.
Em geral, os estabelecimentos dispunham dos medicamentos com descontos, com apenas uma exceção. As maiores reclamações de usuários dizem respeito a drogas não colocadas à disposição para venda pelo Farmácia Popular na rede conveniada, como antidepressivos e antibióticos. Somente a rede própria do programa está autorizada a fazê-lo, mas Porto Alegre conta com apenas uma unidade.
“As pessoas procuram muito omeprazol (para tratamento de úlceras), clopidogrel (antiplaquetar) e fluoxetina (antidepressivo) e outros de uso contínuo, mas não abrangidos pelo programa farmácia Popular”, relatou Júlio Castagnetti, proprietário de uma das drogarias visitadas. “Analgésicos e antibióticos também não são subsidiados e escutamos reclamações”, admitiu a farmacêutica Elenita Pavelacki. Em um dos estabelecimentos, a farmacêutica Rita Helena Silva reclamou da dificuldade em obter remédio para tratamento da asma, por problemas com a distribuidora.
Em todas as drogarias visitadas, as representantes da Abrasus, Carmen Lia Marino e Elaine Gonçalves Ruiz, solicitaram adesões para o abaixo-assinado do Movimento Saúde, Rio Grande. A proposta visa pressionar o governo estadual a aplicar 12% de suas receitas tributárias líquidas na Saúde, como manda a Emenda Constitucional 29. O RS investe metade do que deve, e ocupa a última posição neste ranking em todo o Brasil.