A Associação Brasileira dos Usuários dos Sistemas de Saúde (Abrasus) visitou, na manhã de hoje (9), as farmácias municipais localizadas nos centros de Saúde Santa Marta e Modelo. A entidade foi conferir se receitas particulares estão sendo aceitas para a dispensação gratuita de medicamentos, conforme a instrução normativa 003/2012, e como está o atendimento aos usuários do SUS.
No posto Santa Marta, a secretária geral Marly Büttner e o colaborador Aílton Kulenkamp foram recebidos pelo farmacêutico Rafael Nogueira. Por enquanto, segundo ele, o ingresso de pedidos via receita particular é baixo, pelo fato da norma ser recente. Nogueira teme, contudo, a duplicação da procura nos próximos meses, tendo em vista a falta de recursos humanos e condições de trabalho. “Temos precariedades absurdas, mas prevejo filas dobrando a esquina”, disse. Os medicamentos mais procurados são ibuprofeno, captopril, omeprazol e AAS, numa média de atendimentos que chega a 800 receitas mensais. A lista de remédios na porta da farmácia dava conta da falta apenas de ranitidina, para o tratamento de gastrite.
No posto Modelo, a farmacêutica Cibele Dresch também confirmou o esforço em acatar a instrução normativa, mesmo diante das carências de pessoal. São 13 mil receitas apresentadas por mês, sendo aproximadamente 10% de caráter particular. O local enfrenta falta momentânea de ranitidina e insulina regular. Nestes casos, os usuários são orientados a procurar as farmácias populares para adquirir os remédios de maneira subsidiada. “A Secretaria Municipal de Saúde está ciente de nossas necessidades, temos somente duas pessoas no setor de dispensação, e precisamos de quatro”, relatou Cibele. As medicações mais procuradas são salbutamol, omeprazol, paracetamol, e os controlados diazepam e carbamazepina.