Fonte: ABRASUS - 21 de agosto de 2012.
A Associação em Defesa dos Usuários dos Sistemas de Saúde (Abrasus) visitou duas farmácias populares na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, e a aldeia indígena que congrega 32 famílias caingangues, no mesmo bairro. A entidade verificou algumas carências no fornecimento de medicamentos e ouviu as queixas de desassistência entre os índios.
A primeira farmácia visitada (Agafarma) ainda não estava cadastrada oficialmente no programa governamental chamado “Farmácia Popular”, pelo que ainda não podia fornecer remédios subsidiados ou gratuitamente. O local aguarda publicação do credenciamento no Diário Oficial, ainda não efetuado por causa da greve de servidores federais.
No segundo estabelecimento (Popularmed), da lista de medicamentos de acesso facilitado, faltava o Glifage e a Losartana (cujo fornecimento é gratuito) não era fornecida no local, por razões que as balconistas não souberam dizer. O restante do rol estava disponível e a procura é grande.
Na aldeia indígena (parada 25), o pequeno posto de saúde está há quase três meses sem médico, forçando seus moradores a procurar o Panorama (parada 16). De acordo com os líderes comunitários, há promessa de retorno dos atendimentos, e até mesmo de consultas com dentistas. Os caingangues reclamam da troca constante de médicos, da falta de material até mesmo para curativos, e se mostram céticos quanto às providências do gestor, mesmo com encontro marcado com o secretário Marcelo Bósio para o dia 23, às 14h. “Temos de ficar pressionando sempre, pois compromissos assumidos no Ministério Público caem no esquecimento e temos de retornar aos promotores”, relatou um dos índios.
Na oportunidade, a presidente da Abrasus, Terezinha Borges, apresentou os serviços da entidade, como a assessoria jurídica, e convidou os interessados a visitar a associação.