Técnica consiste na filtragem de células cancerígenas que flutuam livremente pelo organismo
Fonte: Site Zero Hora - 14 de março de 2011.
Minúsculas e visíveis apenas pelas lentes de potentes microscópios, as nanopartículas, apesar de seu tamanho, podem ser uma poderosa arma contra a metástase do câncer de ovário. Uma pesquisa publicada no jornal especializado Nanomedicine forneceu os primeiros fundamentos para uma nova opção de tratamento, que evita a reincidência de tumores malignos. Menos invasiva do que uma cirurgia convencional, a técnica consiste na filtragem, fora do corpo, de células cancerígenas que flutuam livremente pelo organismo e, depois, geralmente, acabam se convertendo em um segundo tumor.
O método foi desenvolvido por pesquisadores do Georgia Institute of Tecnology, nos Estados Unidos, que trabalham com uma empresa de equipamentos médicos no objetivo de desenhar o protótipo utilizado no tratamento. O sistema utiliza nanopartículas magnéticas para capturar as células cancerígenas e tirá-las do organismo. Adicionadas a fluidos removidos do abdômen da paciente, essas estruturas grudam-se nas células doentes. Posteriormente, um filtro magnético remove tanto as nanopartículas quanto o câncer antes que o líquido retorne para o corpo da pessoa.
O experimento, por enquanto, só foi realizado em ratos de laboratório, mas se mostrou bastante promissor. Os pesquisadores esperam que o sistema resulte em múltiplos tratamentos para aumentar a expectativa de vida de pacientes com câncer de ovário. Eles advertem, contudo, que pesquisas adicionais precisam ser feitas para determinar a tecnologia ideal.