segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Entidades protocolam Adin contra Imesf

Fonte:  ABRASUS - 19 de dezembro de 2011.

A Associação Brasileira em defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus), Central Única dos Trabalhadores do RS, Sindicato dos Municipários, Sindisprev-RS e outras 13 entidades protocolaram, na manhã de hoje (16), a Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a implantação do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família (Imesf) em Porto Alegre.


A advogada Raquel Paese registrou o documento gestado pelo Fórum em Defesa do SUS nos últimos meses. A Adin questiona a validade da Lei 11.062/11, cujo texto cria uma fundação pública de direito privado para abarcar trabalhadores na Saúde, algo que dependeria de lei complementar nacional, inexistente. Mesmo que houvesse tal lei, segundo o entendimento das entidades, a área da Saúde não pode estar submetida à fundação de direito privado, só público. Outro ponto questionado é a mudança do regime dos seus servidores para celetista, em vez de estatutário. 


“Cerca de 30 postos da ESF não têm médico na equipe, mas o Instituto é uma procura de solução que repudiamos por contrariar princípios do SUS, retirando do Estado parte de sua responsabilidade constitucional”, afirma a presidente da Abrasus, Teresinha Borges. “O Imesf representa a privatização do setor e não resolverá os problemas, como a falta de médicos”, aposta Paulo Humberto Gomes da Silva, presidente do Conselho Estadual de Saúde.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Abrasus promove alerta contra câncer de mama

Fonte:  ABRASUS - 15 de dezembro de 2011.

Foi com testemunhos cheios de esperança e encorajadores que a palestra sobre “Câncer de Mama: Prevenção, Tratamentos e Depoimentos” emocionou as dezenas de mulheres que compareceram ao auditório da Abrasus, na tarde do dia 15. A insistência na realização do auto-exame preventivo, a importância da procura de segundas opiniões acerca dos diagnósticos, e o compartilhamento de experiências que ajudam os outros foram questões enfatizadas pelo Grupo da Mama Conceição e o mastologista Andrei Gustavo Reginatto.


O médico esclareceu diversas perguntas das espectadoras, desmistificando a doença, esclarecendo boatos, tratando com delicadeza o tema que exigia este tratamento. “A idade avançada, história familiar, não ter filhos ou ter engravidado pela primeira vez depois dos 35 anos são fatores de risco”, contou. “Cisto e lipoma, contudo, não podem virar tumores, fiquem tranquilas”.


A presidente do Grupo da Mama Conceição, Flávia Nunes, contou seu caso de luta e vitória sobre a enfermidade. “Retirei a mama direita e fiz cirurgia para implante de prótese de silicone pelo SUS, uma conquista de nossa organização. Não senti nada na quimioterapia e radioterapia, pois cada organismo reage de forma diferente”, disse. “Não há nada mais gratificante do que contar o que passei para ajudar uma pessoa”. Na oportunidade, ela mostrou às mulheres como se realiza o auto-exame, utilizando-se de uma prótese de laboratório. “Nódulo nem sempre é câncer, pode ser tumor benigno. É um alerta”.


Edi Teresinha de Araújo, 76 anos, também venceu a neoplasia mais comum nas gaúchas. “Detectei pelo auto-exame, procurei o Hospital Conceição, fui operada para retirar o tumor e estou curada. Sofri muito, tive medo, mas agora estou aqui para andar junto com vocês”, disse.

 

A presidente da Abrasus, Teresinha Borges, avaliou bem o resultado da atividade de encerramento do 2° Ciclo de Palestras: “Gostei da espontaneidade das declarações, do interesse demonstrado pela platéia, foi diferente”.

Acesso a medicamentos gratuitos cresceu 318% no Rio Grande do Sul, de janeiro a novembro

Número de diabéticos e hipertensos beneficiados no Estado passou de 78,5 mil em janeiro para 328,4 mil em novembro

Fonte:  Site Zero Hora - 15 de dezembro de 2011.

O programa do governo federal Saúde Não Tem Preço, que oferece gratuitamente 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, ampliou em 318% o acesso ao tratamento dessas doenças no Rio Grande do Sul. São cerca de 2,3 mil drogarias credenciadas ao programa do Ministério da Saúde no Estado. O número de pacientes atendidos saltou de 78.593, em janeiro, para 328.415, em novembro. Em todo o país, a quantidade de beneficiados aumentou 264% no mesmo período.

No Rio Grande do Sul, a quantidade mensal de diabéticos beneficiados pelo programa cresceu 323% — pulou de 18.802, em janeiro, para 79.558, em novembro. No caso da hipertensão, o número aumentou 335%, no mesmo período — passou de 67.918 para 295.758 beneficiados.

— Essas doenças, por terem prevalência alta e estarem intimamente ligadas aos novos hábitos dos brasileiros, merecem atenção redobrada. A ampliação contínua do acesso aos medicamentos, comprovada pelos números do programa, representa uma melhora significativa na vida dos brasileiros — observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A hipertensão arterial acomete 23,3% da população adulta brasileira maior de 18 anos, segundo dados do estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Em Porto Alegre, o percentual de hipertensos é de 25,5% da população adulta, abrangendo 20,7% dos homens e 29,5% das mulheres. De acordo com a mesma pesquisa, o diabetes atinge 6,3% da população adulta brasileira. Especificamente em Porto Alegre, 4,8% da população apresentam a doença — 5,7% dos homens e 7,7% das mulheres.

Quem pode se beneficiar

Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes são identificados pelo princípio ativo. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele quem deverá informar ao usuário o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico.

Para retirar medicamentos gratuitos nas farmácias credenciadas ao programa, é necessário apresentar receita médica. O objetivo é evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde. O paciente deve apresentar também CPF e documento de identidade com foto.

Eventuais dúvidas podem ser comunicadas ao Ministério da Saúde, pelos estabelecimentos credenciados ou pelos usuários do programa, por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) ou por e-mail: analise.fpopular@saude.gov.br.

Resolução do CMS de Guaíba determina compra de leitos para partos

Fonte: ABRASUS - 15 de dezembro de 2011.

O Conselho Municipal de Saúde de Guaíba aprovou, na tarde do dia 12, uma resolução determinando que a Prefeitura compre leitos de obstetrícia pelo SUS no Hospital da Unimed, de modo a evitar o deslocamento de gestantes a Porto Alegre. A decisão foi comemorada pelo SIMERS e por entidades como a Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus), presentes à reunião extraordinária.

“É preciso uma medida imediata contra a desassistência”, saudou a diretora sindical Ana Maria Martins. “A comunidade local não pode ficar na dependência de ambulâncias, tendo em vista o volume de nascimentos aqui”, relata a presidente da Abrasus, Teresinha Borges. De agosto de 2009 a agosto de 2011, mais de 2,3 mil mulheres vieram daquela região à Capital para terem seus filhos.

A resolução do CMS deve ser homologada pela Secretaria Municipal de Saúde — cujo voto foi contrário — e depois publicada no Diário Oficial. Se o gestor não a publica, precisa enviar justificativa ao controle social em prazo hábil, e esta será analisada pelos seus membros. A regra, se publicada e não for observada, pode desencadear pedido de providências no Ministério Público Estadual.

O fato desencadeador da crise em Guaíba  foi o fechamento da maternidade do Hospital Nossa Senhora Livramento, por determinação do Ministério Público, gerando situações como partos feitos no Pronto Atendimento Solon Tavares, em flagrante risco a gestantes e recém-nascidos. A Prefeitura pretende reformar o prédio e dotar-lhe de bloco cirúrgico e maternidade, mas o processo licitatório para sua ampliação demora em decorrência de entraves burocráticos. “Estamos fartos do jogo de empurra entre as autoridades”, resumiu Teresinha.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Guaíba: Abrasus exige partos na cidade

Fonte: ABRASUS - 13 de dezembro de 2011.

A Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus) e União das Associações de Moradores de Guaíba (Uamg) deflagram mobilização, juntamente com o SIMERS, para exigir que o prefeito do município dê condições para as gestantes terem seus bebês pelo SUS na cidade. Há quase dois anos e meio a maternidade do Hospital Livramento foi fechada pela Justiça. As entidades, com participação também de representantes do Conselho Municipal de Saúde, fizeram vistoria ao Livramento e constataram condições limitadas de funcionamento, com unidades desativadas (como a maternidade e o bloco cirúrgico) e até um raio-X novo móvel doado em 2009 à instituição e que nunca foi usado.


Em reunião do Conselho Municipal de Saúde, que ocorrerá no final da tarde desta segunda (12), as entidades vão propor que o órgão se posicione. O Hospital da Unimed, que só atende convênios e particular, fez uma proposta para atender os partos, mas até agora não houve posição do município. "É obrigação da prefeitura garantir a assistência e há alternativa na cidade e que evitaria que as grávidas tivessem de ir até Porto Alegre", alertou a diretora do SIMERS, Clarissa Bassin. O que preocupa ainda é que já houve casos de partos feitos no Pronto Atendimento local, o que colocar em risco mulheres e bebês. "Não há obstetras e nenhuma condição para este tipo de procedimento", justifica Clarissa.


A presidente da Abrasus, Terezinha Alvez Borges, destacou que uma cidade como Guaíba, com quase cem mil habitantes, não pode ficar sem atendimento em obstetrícia. "Vamos lutar por este direito. A prefeitura não executa medidas que assegurem a assistência. Se há um outro hospital  que pode fazer o atendimento, buscaremos os meios legais possíveis para fazer valer o direito das mulheres", antecipou Terezinha. A Abrasus já tem um trabalho consolidado na Capital, que é pautado pela defesa dos usuários. Ações judiciais movidas gratuitamente têm conseguido agilizar o repasse de medicamentos e o agendamento de consultas com especialistas e cirurgias. "A população pode contar com todo o nosso apoio", avisou a presidente da Abrasus.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Liminares beneficiam quatro pacientes graves

Fonte: ABRASUS - 12 de dezembro de 2011.

A Abrasus obteve, no mês de novembro, quatro liminares determinando o Estado a fornecer imediatamente remédios para pacientes com Osteoporose com fratura patológica e Lúpus Eritematoso Sistêmico; Síndrome de Behçet e Glaucoma; Lúpus Eritematoso Sistêmico e Cirrose Hepática, Carcinoma Hepatocelular e Hepatite Crônica C.

As medidas beneficiam pessoas que procuraram as farmácias públicas munidas de laudos médicos, e tiveram seus pedidos indeferidos administrativamente, seja porque o medicamento “não consta na lista do SUS”, porque “não é fornecido para o código CID (Classificação Internacional de Doenças) especificado” e até mesmo porque “tratamento não tem condições de ser avaliado”.

Os medicamentos obtidos foram: teriparatida injetável, azatioprina, micofenolato mofetil e tosilato de sorafenibe. 

O Estado (nas três esferas) é responsável pelo fornecimento de medicações (artigos 23 e 196 da Constituição Federal). Além disso, não cabe às Secretarias de Saúde, e sim ao médico que assiste ao paciente no dia a dia, definir o tratamento das enfermidades e o uso das drogas correspondentes. É isso que a Abrasus defende.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Rio Grande do Sul propõe elevar impostos federais para cumprir os investimentos na saúde

Governo Tarso Genro defenderá a elevação de tributos já existentes e que financiem os custos com o setor

Fonte:  Site Zero Hora - 09 de dezembro de 2011.


Sem dinheiro para investir 12% da receita líquida em saúde, o governo Tarso Genro defenderá a elevação de tributos federais já existentes e que financiem os custos com o setor.

Com a regulamentação da Emenda 29 pelo Senado, na quarta-feira à noite, o governo gaúcho terá de lutar para cumprir mais uma norma constitucional hoje desrespeitada, assim como o piso nacional do magistério e o investimento de 35% do orçamento em educação.

Desde 2000, ano da aprovação da Emenda 29, nenhum governo conseguiu aplicar 12% no setor. O índice era inflado com a inclusão de outros tipos de gasto, como saneamento. A regulamentação ocorre em um momento em que o Piratini faz uma consulta pela internet, perguntando à população como melhorar a saúde.

— Há uma necessidade de bilhões de reais para todo o país. Só uma pactuação nacional em cima de novas fontes pode resolver o problema — diz o secretário do Planejamento, João Motta.

Pressionado por um abismo de R$ 945 milhões que irá separar o Estado dos 12% de investimentos em saúde em 2012, o governador Tarso Genro, assegura Motta, assumirá papel de protagonismo nas negociações com a presidente Dilma Rousseff para viabilizar a criação ou elevação de tributos que suplantem a nova demanda.

Senado aprova regulamentação da emenda 29, que vai à sanção presidencial

Fonte:  Site Senado Federal - 09 de dezembro de 2011.

Ricardo Icassati e Raíssa Abreu / Agência Senado

O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (7), a proposta que regulamenta as aplicações mínimas do governo federal, dos estados e municípios na saúde, como determina a Emenda 29. De acordo com o texto aprovado e que vai à sanção presidencial, a União destinará à saúde o valor aplicado no ano anterior acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária. A substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 121/07 - Complementar regulamenta a Emenda Constitucional 29/2000 e foi um dos grandes embates, neste ano, entre a base do governo e a oposição.

Na prática, em 2012, a União aplicará o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 para 2011, somando cerca de R$ 86 bilhões. A medida equivale ao que já é feito atualmente no governo federal. Os estados, por outro lado, serão obrigados a destinar 12% das suas receitas na saúde, e os municípios, 15%. O Distrito Federal deverá aplicar 12% ou 15%, conforme a receita seja originária de um imposto de base estadual ou municipal.

Destaques

Destaque aprovado por 62 votos a 9 retirou do texto os dispositivos relativos à possibilidade de criação de uma contribuição social destinada à saúde, a chamada CSS, interpretada pela oposição como a recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Igualmente por destaque, foi retirada do texto a vinculação de 10% das receitas brutas da União para a saúde, prevista no projeto original. Também foi reincorporada ao texto a inclusão, na base de cálculo do montante de recursos que os estados aplicarão em saúde, dos recursos do Fundo de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). Com isso, foi mantido o repasse de R$ 7 bilhões do Fundeb para o setor de saúde.

Além de dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, estados, Distrito Federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde, o texto estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo.

Embate

O relator da matéria e líder do PT, senador Humberto Costa (PE), apresentou seu parecer em Plenário. Ele manteve o texto conforme foi reenviado da Câmara dos Deputados ao Senado, e disse ser possível depreender que o substitutivo oferece, em geral, soluções mais satisfatórias à regulamentação do § 3º do art. 198 da Constituição Federal. Enquanto Humberto Costa defendia o substitutivo da Câmara, a oposição insistia no texto original, do então senador Tião Viana (PT-AC).

- Apenas um dispositivo merece ser destacado: não podemos aceitar a nova regra acrescida pelo Substitutivo da Câmara dos Deputados - a vigorar pelos próximos cinco exercícios financeiros - para o cálculo do montante de recursos que os estados e o Distrito Federal aplicarão em saúde, segundo a qual são excluídos da sua base de cálculo os recursos distribuídos para compor o Fundeb - assinalou.

Humberto Costa disse que ficaria muito feliz se pudesse estabelecer uma vinculação de 10% das receitas bruta da União para a área da saúde, embora ainda não fosse o suficiente para atingir os padrões de gastos públicos de outros países que têm sistemas de saúde semelhantes ao brasileiro. Mas declarou não ser possível vincular esses recursos, que representariam uma injeção de mais R$ 35 bilhões para o setor da saúde.

O senador traçou um paralelo entre o momento em que o Senado aprovou o PLS 121/2007 - Complementar, e o atual. Segundo ele, todos se esquecem de dizer que, naquele momento, existia a CPMF e, se existisse hoje, seria fácil estabelecer a vinculação de 10% para a União, pois o governo contaria com mais R$ 50 bilhões ou R$ 60 bilhões por ano. O senador disse que o Congresso Nacional precisa debater a criação de novas fontes de receita para a saúde.

- Dinheiro não nasce em árvore, minha gente. Só se consegue se a sociedade estiver convencida e der a sua contribuição para isso - afirmou.

Em aparte, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que o líder do PT cometeu um erro cronológico, pois a CPMF foi extinta em dezembro de 2007 e o PLS 121/2007 foi aprovado em 9 de abril de 2008. Aloysio Nunes assinalou que, desde o fim da CPMF, a arrecadação do governo federal aumentou em R$ 150 bilhões, sendo que em 2011 o aumento em relação a 2010 foi de R$ 78 bilhões.

Da forma como foi aprovado pela Câmara, o projeto manteve a regra atualmente seguida pela União para destinar recursos à área de saúde. Em vez dos 10% da receita corrente bruta definidos pela proposta original, o governo federal aplicará o valor empenhado no ano anterior acrescido da variação nominal do produto interno bruto (PIB) ocorrida entre os dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária. Assim, para 2012, por exemplo, teria de aplicar o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 para 2011.

CSS

O governo federal vinha condicionando a aprovação dos 10% para saúde, que representariam um investimento-extra de cerca de R$ 35 bilhões anuais, à criação de um tributo para financiar o setor. A Contribuição Social para a Saúde (CSS) funcionaria nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas foi retirada do texto durante a votação na Câmara. No Senado, o relator, Humberto Costa, voltou a incluir a criação da CSS no texto.

Mas o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), pediu destaque para que a criação do CSS fosse votada separadamente.

- O somos contra criação de novo imposto - disse.

Em resposta ao relator, Humberto Costa, o líder do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), que faz parte da base do governo, afirmou que a CSS nada mais seria do que a recriação - a seu ver, inconstitucional - da CPMF, mas com outro nome. Ele salientou que só seria possível criar uma contribuição cumulativa por meio de uma proposta de emenda à Constituição, e jamais por meio de um projeto de lei complementar.

- Isso abre as portas para uma cascata de novos tributos. Não posso apoiar o governo - afirmou Dornelles, lembrando que a questão da CPMF sempre foi tratada por meio de emenda à Constituição.

Ele foi apoiado não só pelos líderes da oposição, como Alvaro Dias (PSDB-PR) e Marinor Brito (PSOL-PA), mas pelos líderes da base. Renan Calheiros (PMDB-AL) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), apoiaram Demóstenes e Dornelles. Com isso, o requerimento foi aprovado e a CSS, posteriormente foi retirada do texto. Humberto Costa chegou a defender a manutenção do dispositivo, mas terminou por liberar a bancada:

- Não sou líder de mim mesmo - afirmou.

Gastos com saúde

Na Câmara, os deputados ligados à área de saúde consideraram que a proposta representa um avanço pela definição de quais despesas podem ser consideradas gastos com saúde para que cada ente federativo possa atingir os patamares mínimos definidos pela Emenda Constitucional 29/00.

De acordo com o projeto, são despesas de saúde, por exemplo, a vigilância em saúde (inclusive epidemiológica e sanitária); a capacitação do pessoal do Sistema Único de Saúde (SUS); a produção, compra e distribuição de medicamentos, sangue e derivados; a gestão do sistema público de saúde; as obras na rede física do SUS e a remuneração de pessoal em exercício na área.

Por outro lado, União, estados e municípios não poderão considerar como de saúde as despesas com o pagamento de inativos e pensionistas; a merenda escolar; a limpeza urbana e a remoção de resíduos; as ações de assistência social; e as obras de infraestrutura.

Vereador de Santa Maria do Herval é preso suspeito de desviar remédios de postos de saúde

Mandados foram cumpridos na casa de Orlando Schneider e no escritório dele onde, supostamente, atendia a população, distribuía e prescrevia medicamentos

Fonte:  Site Zero Hora - 09 de dezembro de 2011.


Uma operação da Polícia Civil com o Ministério Público (MP) prendeu na manhã desta quinta-feira em flagrante um vereador de Santa Maria do Herval, no Vale do Sinos. Orlando Schneider (PMDB), 61 anos, e o primo dele e ex-vice-prefeito, Hugo Schneider (PP), 72 anos, estavam sendo investigado por desvio de medicamentos de postos de saúde de Porto Alegre.

Em um escritório que seria mantido por Hugo na cidade, a polícia encontrou uma grande quantidade de medicamentos, além de receitas. Algumas delas estavam assinadas por médicos. Ele não foi preso porque não foi encontrado.

Foram apreendidas inúmeras caixas fechadas de remédios e receituários em branco, já assinados com o nome de médicos que serão investigados. O MP recebeu a denúncia e repassou para a PC que fez a investigação que culminou com a representação ao Judiciário do mandado de busca.

O esquema não seria novo. Um livro ata apreendido pela polícia mostra que as entregas eram registradas com data e nome de quem pegou os medicamentos. Os registros mais antigos são de 2003. De acordo com a investigação iniciada pelo Ministério Público a partir de uma denúncia, o esquema teria sido montado para garantir votos aos suspeitos.

Vereador em terceiro mandato, Orlando afirma que retirava os remédios no Centro de Saúde Modelo, mantido pela prefeitura da Capital. A polícia acredita que as retiradas eram facilitadas por funcionários de farmácias públicas a partir da influência política dos suspeitos. Em nota, a Secretaria da Saúde de Porto Alegre afirma que buscará informações para apurar o caso. No entanto, a entrega de medicamentos seria feita apenas mediante apresentação de receita que identifique médico e paciente.

Orlando foi ouvido na Delegacia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo e levado para a Penitenciária Modulada de Montenegro. Ele deve ser indiciado pelos crimes de peculato, ter depósito de medicamentos sem regulamentação e formação de quadrilha. Se somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão. O outro suspeito, Hugo Schneider, ainda não foi encontrado.

Correção: Diferentemente do que informou este site na reportagem "Vereador de Santa Maria do Herval é preso suspeito de desviar remédios de postos de saúde" (08/12/2011 - 12h20min), Hugo Schneider não foi preso, já que não foi encontrado pela polícia. O texto original já foi corrigido.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Programa Pampa Boa Noite (bloco I) - Comentários sobre a ABRASUS

Portadores de lúpus querem que protetores solares sejam entregues gratuitamente como remédios

Doença é de difícil diagnóstico, pois sintomas são facilmente confundidos com outros males

Fonte:  Site Zero Hora - 08 de dezembro de 2011.
Léo Gerchmann  |  leo.gerchmann@zerohora.com.br

Mais difícil que ter uma doença capaz de incapacitar seu portador para as atividades cotidianas é que esse quadro venha acompanhado de sintomas de difícil detecção. Por isso, uma campanha liderada especialmente pela Associação dos Portadores de Lúpus do Vale do Sinos trata de fazer dois apelos: que bloqueadores solares sejam considerados remédios — e não cosméticos — e que o governo abra campanha de esclarecimento.

O drama dos portadores de lúpus aumenta no verão. Isso porque a doença pode ser potencializada pelo sol forte. Por isso, a importância do bloqueador solar.

— O governo deveria entregar bloqueadores solares para os portadores de lúpus. É um problema de difícil detecção, porque pode se apresentar com vários sintomas. Pode ser confundido com uma anemia profunda ou com leucemia, por exemplo. Muitas vezes o problema não é investigado como deveria. Os pacientes também encontram dificuldade para receber os benefícios, pois aparentemente não têm nada — diz a presidente da associação, Izabel Oliveira, 49 anos.

Izabel, que chegou a ter sua doença confundida com problemas na coluna, tem ido frequentemente até a Secretaria Estadual da Saúde para pedir a ajuda do governo aos seus representados — mais de 150 pessoas de diversos municípios do Estado.

No âmbito legislativo, tramita no Senado, desde 2003, projeto do senador gaúcho Paulo Paim (PT) que pede a inclusão do lúpus, da epilepsia e da artrite reumática na relação de doenças graves cujos portadores fazem jus aos direitos e benefícios da Previdência. Na Assembleia, um projeto de 2007, do deputado Luciano Azevedo (PPS), enfrenta a morosidade burocrática para dar caráter de medicamento ao bloqueador solar e para fazer o governo abrir campanhas de esclarecimento.

O lúpus eritematoso sistêmico (há também o cutâneo) é doença crônica de causa desconhecida e provoca alterações no sistema imunológico. O portador desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, podendo ter afetadas a pele, as articulações, rins e outros órgãos.

Portadora de lúpus, Maria José Fernández, 45 anos, conta que não consegue trabalhar e tem seu fôlego para as atividades do dia limitado.

— Busco auxílio-medicação do Estado e benefício de auxílio-doença desde 2008. Tive todos os pedidos negados— diz Maria José.

O médico reumatologista Adriano Barbiero diz que os sintomas são detectados de forma mais fácil por especialistas.

— É importante olhar bem o paciente. A doença é multissistêmica, aparece na pele, nas dores articulares e nos rins. Quem não trata pode chegar até à falência renal — alerta.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Maior incidência de câncer no estômago está ligada a hábitos alimentares dos gaúchos

Alto consumo de alimentos defumados, excesso de sal e dieta pobre em vitaminas A e C levam o Rio Grande do Sul a concentrar 10% dos casos de câncer no aparelho digestivo do país

Fonte:  Site Zero Hora - 06 de dezembro de 2011.

Cerca de 10% dos casos de câncer no aparelho digestivo do Brasil são registrados no Rio Grande do Sul. O Estado é o terceiro em número de casos de câncer no estômago, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Antônio Carlos Weston, essa estatística está relacionada a hábitos alimentares dos gaúchos, como ingestão frequente de alimentos defumados ou dieta pobre em vitaminas A e C.

— No Rio Grande do Sul, se consume muito charque, linguiça e salame, que, além de defumados, têm grande quantidade de sal, e não deveriam ser consumidos em grandes quantidades — adverte o médico.

A presença de uma bactéria chamada Helicobacter Pilory no interior do estômago também tem de ser salientada como um fator importante da causa de câncer no estômago, conforme Weston.

Fatores genéticos, uso de cigarro e consumo de bebidas alcoólicas destiladas também estão associados ao desenvolvimento de câncer gástrico, que acomete principalmente homens na terceira idade. Segundo o Inca, cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos e o pico de incidência se dá em homens por volta dos 70 anos.

Como a doença não demonstra sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais, grande parte dos casos de câncer de estômago são diagnosticados em estágio avançado. Geralmente, os sintomas são atribuídos a indisposições alimentares sem maiores repercussões, o que reflete em uma taxa de mortalidade perto de 80% dos casos.

Preste atenção

Se os sintomas abaixo persistirem por mais de 10 ou 15 dias, procure um especialista da área de gastroenterologia:

:: Dor no estômago, principalmente após as refeições

:: Perda de peso

:: Fraqueza

:: Vômitos

Para prevenir, inclua na dieta:

:: Vegetais crus

:: Frutas cítricas

:: Alimentos ricos em fibras

:: Vitamina A e C, encontradas em frutas e verduras frescas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mais ESFs para o Lami

Fonte: ABRASUS - 1º de dezembro de 2011.

A presidente da Abrasus, Terezinha Borges, aliou-se aos líderes comunitários do Lami, no estremo sul de Porto Alegre, nos pedidos por maior cobertura da Estratégia de Saúde da Família no bairro. Mais de cem pessoas reuniram-se no salão da Igreja Nossa Senhora do Operário, na noite do dia 28, para cobrar providências do secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli. Na oportunidade, ele prometeu atender aos desejos da comunidade, instalando quatro novas equipes da ESF em 2012.


 “Os postos são muito distantes um do outro, e um deles, erguido em esforço comunitário, está instalado em terreno da Cúria Metropolitana, que o exige de volta”, conta a presidente da Associação Brasileira em Defesa dos Usuários dos Sistemas de Saúde (Abrasus), Terezinha Borges. “Como se não bastasse tudo isso, muitas pessoas reclamaram do número reduzido de fichas para atendimento da demanda local”. Uma dessas queixas veio de integrantes das 50 famílias da tribo Charrua (habitante da região). A elas são destinadas somente cinco fichas semanais.
 

Muitas queixas chegaram ao ouvido do gestor. Há grande carência de médicos e exames simples, como hemograma e raios-x de tórax. Determinados locais só contam com transporte público três vezes ao dia, e o paciente perde muito tempo só para realizar um exame de sangue. “O secretário mostrou-se sensibilizado”, diz Terezinha. “Ele assumiu o compromisso de fazer todo o possível para resolver os problemas”.

Geriatra fala sobre fragilidade

Fonte: ABRASUS - 1º de dezembro de 2011.

Cerca de 45 pessoas tiveram a oportunidade de assistir a palestra do dr. Newton Luiz Terra, realizada na tarde do dia 25/11, na sede da Abrasus. Doutor em Gerontologia Biomédica e professor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, o médico discorreu sobre o tema Fragilidade na Terceira Idade. De forma objetiva, o especialista tratou logo de esclarecer que o organismo humano fica mais fragilizado com o passar dos anos, mas as pessoas escolhem como envelhecer. “As decisões tomadas na juventude e na vida adulta têm reflexos diretos na terceira idade”, afirmou Terra.


O conjunto nutrição, exercícios e cuidados pode garantir uma velhice mais saudável. A receita do geriatra é sempre procurar alimentar-se bem (o que não significa comer muito), variando os grupos e evitando alimentos industrializados, gordurosos e inapropriados para uma dieta restritiva (diabetes, enxaqueca, etc.). A segunda premissa está na prática rotineira de exercícios físicos — que se distinguem de atividades físicas, tais como caminhar para pegar um ônibus, ou mesmo passar roupa e outras tarefas domésticas. Terra destaca que o ideal é associar o exercício físico aeróbico (correr, nadar, jogar futebol) com a musculação. A dupla garante capacidade cardiorrespiratória e diminui a perda inevitável de massa muscular. A terceira recomendação fica no campo dos cuidados: não fumar, ingerir bebidas alcoólicas com muita moderação, dormir satisfatoriamente, e controlar os níveis de colesterol, pressão, entre outros.


Além disso, o palestrante também fez alguns alertas e recomendações à atenta platéia: “Exames preventivos, vacinas, saúde bucal e mente ativa complementam o quadro de cuidados na área”. Quanto a este último item, Terra frisou o aspecto socialização como muito importante. “A pessoa pode se aposentar, mas não pode se aposentar da vida”, brincou. A depressão muitas vezes advinda da aposentadoria e da falta da antiga rotina causa a fragilidade do idoso, criando o cenário para o surgimento de doenças e perigosas suscetibilidades.


Estiveram no encontro, sucedido de perguntas feitas ao palestrante, representantes do Grupo da Mama do Hospital Conceição, da União da Associação de Moradores de Guaíba (Uamg), do Grupo Beija-Flor (Ginásio Tesourinha), e usuários da Abrasus. A próxima atividade já tem data marcada: 15 de dezembro, quando ocorrerá a apresentação (depoimentos e dicas) das voluntárias do Grupo da Mama do HNSC. Mais detalhes pelo telefone: 30628007 ou pelo e-mail abrasus.rs@gmail.com.

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