quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mortalidade de recém-nascidos tem queda nos últimos 20 anos

Especialistas recomendam maior atenção à situação, para que seja possível salvar ainda mais vidas

Fonte: Site Zero Hora - 31 de agosto de 2011.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais devem ter mais atenção com os índices de mortalidade dos recém-nascidos para salvar ainda mais vidas, segundo recomendações de especialistas depois da divulgação de um estudo que mostra um declínio nas taxas de mortalidade de neonatos nos últimos anos.

A ONG Save the Children e pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram a situação em um estudo mundial sobre as taxas de mortalidade de neonatos. Publicado na revista PLos Medicine, a pesquisa mostra que os bebês com menos de quatro semanas representam 41% das mortes ao nascer no mundo.

Além disso, de 1990 a 2009, esses óbitos diminuíram de 4,6 milhões para 3,3 milhões. Segundo o levantamento, que cobriu 193 países, em alguns, como Cuba, Malásia e Polônia, existe maior chance de sobreviver ao nascer do que nos Estados Unidos.

Devido às melhorias na atenção infantil em alguns países, os recém-nascidos no Qatar, Croácia e Emirados Árabes Unidos têm agora quase a mesma taxa de mortalidade que os EUA. O país tem um índice de mortalidade ao nascer de 4,3 por cada mil e ocupa a 40ª posição da lista mundial, enquanto em 1990 estava em 28°. O Afeganistão e a Índia são os países com as piores taxas.

Segundo a pediatra Joy Lawn, da ONG Save the Children, as principais causas da morte de recém-nascidos são parto prematuro, asfixia e infecções graves, problemas que poderiam ser facilmente prevenidos com atenção adequada.

— Necessitamos profissionais da saúde, necessitamos governos que não esperem morram os recém-nascidos — defende.

Descoberto novo medicamento que reduz risco de AVC

Pesquisa foi encomendada por laboratórios americanos e apresentada ontem no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris

Fonte: Site Zero Hora - 31 de agosto de 2011.

Um estudo encomendado pelos laboratórios americanos Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer revelou que uma nova molécula é eficiente na redução da frequência de acidentes vasculares cerebrais (AVC). A pesquisa foi feita com 18.201 pacientes e demonstrou a superioridade do novo medicamento sobre o tratamento de referência normalmente utilizado nos pacientes que sofrem de fibrilação arterial.

O estudo da fase III (a última antes da solicitação da comercialização do medicamento) revelou que para estes pacientes o apixaban seria o primeiro anticoagulante que reduz significativamente o risco de morte em função do problema, segundo o comunicado dos laboratórios.

Os pacientes que tomaram o novo remédio apresentaram uma probabilidade inferior a 21% de padecer de um AVC em relação aos pacientes tratados com warfarin. Além disso, tiveram 31% menos probabilidades de sofrer com uma hemorragia importante e risco 11% menor de morrer.

Os resultados foram apresentados ontem durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris e publicados no jornal especializado New England Journal of Medicine.

O estudo, realizado em 1.034 hospitais de 39 países, foi coordenado pelo Duke Clinical Research Institute (Carolina do norte, sul dos Estados Unidos) e pelo Uppsala Clinical Research Institute (Suécia). Segundo os autores, 5 milhões de americanos e 6 milhões de habitantes da União Europeia sofrem de fibrilação arterial, a forma mais comum de perturbação do ritmo cardíaco, o que os coloca na categoria de risco de sofrer AVC.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Servidores da saúde decidem em assembleia nesta terça-feira se irão manter greve na Capital

Sindicato garante que servidores cumprem parcela mínima de atendimento na Capital

Fonte: Site Zero Hora - 30 de agosto de 2011.

Em greve desde o dia 23 de agosto, os servidores da saúde da Capital decidem em assembleia na tarde desta terça-feira se continuam ou não em paralisação por ajuste de escala de trabalho com manutenção salarial.

Segundo a diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha, a greve não está descumprindo a determinação do Tribunal de Justiça, que prevê que serviços de urgência e emergência funcionem integralmente e os demais serviços sejam mantidos em pelo menos 50% dos servidores.

— Na medida em que os médicos não aderiram, não estão no movimento de greve, eles estão nos postos, estão nos pronto-atendimentos atendendo. Não há nenhum descumprimento da medida judicial — afirmou a diretor, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha.

Desde o dia 23, técnicos e profissionais como psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas estão parados. Eles reivindicam o cumprimento de jornada de 30 horas de trabalho semanais em vez de 40 horas, sem redução salarial.

Diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para controle da esclerose múltipla

No Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, médico afirma que se iniciado na primeira crise, tratamento permite qualidade de vida para o paciente

Fonte: Site Zero Hora - 30 de agosto de 2011.

Nesta terça-feira, 30 de agosto, comemora-se o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, data de reforço da importância do diagnóstico e do tratamento precoces da doença que atinge mais de 2,5 milhões de pessoas. Apesar de o diagnóstico da EM não ser simples, pois, de acordo com o médico Roberto Carneiro de Oliveira, os sintomas são semelhantes aos de outras patologias neurológicas, detectá-la precocemente contribui para o bom andamento do tratamento.

—  O diagnóstico precoce está ligado ao tratamento precoce, o que permite reduzir a incidência de sequelas — explica.

Segundo o médico, quando iniciado ainda na primeira crise, o tratamento permite uma grande melhora na qualidade de vida do paciente no futuro.

— Tendo em vista que cerca de 76% dos pacientes que apresentam o primeiro surto terá novas crises ao longo da vida, tratar precocemente a esclerose múltipla (EM) permite melhor controle sobre a evolução da doença, com menos surtos e com episódios de menor intensidade — explica.

Impacto do diagnóstico

No entanto, o impacto inicial do diagnóstico pode gerar apreensão. Uma pesquisa realizada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals com 650 pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla em 12 países, entre eles o Brasil, demonstrou que oito entre dez pessoas se sentiram ansiosas e confusas no momento da descoberta, sendo os maiores medos destes pacientes ficarem inválidos (65%) e se tornarem um peso para a família (61%). Em relação à carreira, cerca de 60% dos entrevistados ficaram preocupados com a capacidade de executar o trabalho.

O diagnóstico positivo da doença também pode gerar inquietações quanto à vida afetiva conforme a pesquisa. Entre os pacientes casados ou que namoravam, a preocupação era saber se o parceiro se tornaria um “cuidador” (45%) e se teria que assumir as suas responsabilidades (42%). Mais da metade dos entrevistados disseram que o parceiro foi sua maior fonte de apoio emocional (55%), seguido pelos amigos.

A esclerose múltipla

As causas da EM ainda são pouco conhecidas, mas estudos recentes sugerem a existência de uma predisposição genética, associada à influência de fatores ambientais. A doença acomete jovens adultos na faixa etária de 20 a 40 anos, com maior incidência entre as mulheres.

No Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que mais de 30 mil pessoas sejam portadores da doença, sendo que desse total apenas cinco mil recebem tratamento adequado devido à demora no diagnóstico.

A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central, com ativação de elementos do sistema imunológico do paciente contra suas próprias estruturas. Entre os sintomas mais frequentes, estão fraqueza muscular, rigidez, dores articulares e descoordenação motora. O doente perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos. Em alguns casos, a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária e alterações visuais. Existe uma escala de 0 a 10 para classificar a gravidade da doença.

Os medicamentos que podem modificar o seu curso são chamados imunomoduladores. Eles reduzem os surtos e retardam a evolução da incapacidade neurológica.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, veja oito motivos para ficar longe do cigarro

Lista de efeitos maléficos do fumo é bastante extensa e inclui relação com doenças pulmonares, cânceres e consequentes óbitos

Fonte: Site Zero Hora - 29 de agosto de 2011.

Nesta segunda-feira, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os malefícios do cigarro. Já se sabe que, além trazer consequências negativas para o fumante, o cigarro também afeta quem não fuma. Contudo, a lista de efeitos maléficos do fumo é bastante extensa e inclui relação com doenças pulmonares, cânceres e consequentes óbitos.

Confira abaixo oito razões para se manter bem longe do cigarro:

:: A fumaça do cigarro contém cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas diferentes e muitas delas são cancerígenas;

:: Assim que tragada, a fumaça provoca alterações no organismo, como aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e constrição dos vasos sanguíneos;

:: O tabagismo está ligado a 50 tipos de doenças como câncer de pulmão, de boca e de faringe, além de estar relacionado a problemas pulmonares e cardíacos;

:: Uma porcentagem muito baixa dos pacientes com câncer de pulmão sobrevivem à doença;

:: Algumas lesões causadas pelo cigarro, como no caso do enfisema, são irreversíveis;

:: No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em função de doenças ligadas ao tabagismo;

:: Crianças nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação apresentam atraso no aprendizado;

:: Os fumantes passivos também podem desenvolver doenças relacionadas ao fumo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sindicato promete manter os postos de saúde de Porto Alegre abertos durante a greve

Grevistas pedem jornada de 30 horas semanais em vez de 40 horas sem redução de salário

Fonte: Site Zero Hora - 26 de agosto de 2011.

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre promete cumprir ordem judicial para deixar todos os postos de saúde abertos durante a greve. Mesmo assim, a reportagem da Rádio Gaúcha encontrou um fechado nesta manhã. O posto Navegantes, na Avenida Presidente Roosevelt, não está fazendo atendimentos. O sindicato promete verificar a situação.

A greve de técnicos e profissionais com enfermeiros começou na terça-feira, pedindo jornada de 30 horas semanais em vez de 40 horas, sem redução de salário. Na quinta-feira, a Justiça determinou que sejam mantidos integralmente os atendimentos de urgência e emergência. Os demais serviços devem ser realizados por, no mínimo, metade dos funcionários.

O diretor financeiro do Sindicato dos Municipários, Raul Giacobone, garante que os servidores vão respeitar a medida judicial.

— Não tem grande alteração no nosso movimento porque todos os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos hoje. O que nós fazemos nos pronto-atendimentos e hospitais é uma triagem fora do local e todos os casos são encaminhados para os médicos atenderem. Em relação às UBS (Unidades Básicas de Saúde) o atendimento médico está garantido também — afirmou o diretor financeiro do sindicato.

A prefeitura de Porto Alegre vai conferir nesta manhã a situação dos postos de saúde, para saber se a determinação está sendo seguida.

Gestores não abrem mão dos R$ 100 milhões

Se o governo não ceder às reivindicações, atendimentos serão restritos a partir de 27 de setembro

Fonte: Site Jornal do Comércio - 26 de agosto de 2011.

Cerca de 100 representantes dos 239 hospitais sem fins lucrativos do Estado se reuniram nesta quinta-feira na sede da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em pauta, a análise da proposta apresentada pela Secretaria da Saúde (SES), a aprovação de uma manifestação que será realizada em setembro e a permanência do grupo em estado de assembleia.

O Movimento SOS Hospitais Filantrópicos espera que o governo gaúcho conceda uma verba emergencial de R$ 100 milhões. As instituições, somadas, disponibilizam 66,6% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis e são responsáveis por mais de 70% das internações. Porém, enfrentam dificuldades financeiras, tanto que os gestores ameaçam fechar as portas e entregar as chaves para o governo do Estado.

Para o presidente da federação, Oswaldo Balparda, o movimento ganhou corpo e qualquer tipo de recuo no pedido de verba seria um sinal de fraqueza. “No momento, estamos unidos e não aceitamos outra proposta que não seja o aporte de R$ 100 milhões, com a primeira parcela até o dia 15 de setembro e o restante ainda neste semestre”, comunica.

Os representantes dos hospitais decidiram não aceitar o valor de forma parcelada e que o financiamento junto ao Banrisul, oferecido pelo secretário da Saúde, Ciro Simoni, só agravaria o endividamento das instituições. “Continuaremos a luta pelo valor total e nosso pedido é em caráter de urgência. Enquanto aguardamos a decisão, continuaremos mobilizados”, informa o presidente.

“Todos os gestores estão com a corda no pescoço, e este valor solicitado é o mínimo para que possamos continuar operando de forma emergencial”, reforça a presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Sinos, irmã Liane Postai.

A proposta inicial apresentada pelo governo estadual consistia em um repasse de R$ 50 milhões (R$ 36 milhões da União e R$ 14 milhões do Estado) e o financiamento de outros R$ 50 milhões através do Banrisul. Nesta quinta-feira, Simoni ligou para Balparda e sugeriu um novo acordo, pelo qual o governo disponibilizaria R$ 50 milhões pagos em duas vezes (outubro e novembro), além de aumentar o crédito de financiamento para R$ 70 milhões. Esta última indicação foi recebida com ironia pelos gestores, pois aumentaria ainda mais a dívida.

Também nesta quinta, o grupo foi até a Assembleia Legislativa para buscar apoio junto aos deputados. No final do encontro foram definidas futuras manifestações por parte do grupo de gestores. No dia 23 de setembro, eles se reunirão em um ato público na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. E, a partir do dia 27 do mês que vem, caso o pedido de verba não seja atendido, será colocada em prática uma agenda de restrições para os serviços.

Somente os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MPE abrirá inquérito para apurar condições do local

Cerca de 270 pacientes estão vivendo em condições precárias, além de ocorrer a venda de serviços privados dentro da instituição

Fonte: Site Jornal do Comércio - 25 de agosto de 2011.

As péssimas condições de estrutura física e de trabalho no Hospital Psiquiátrico São Pedro ganharam força a partir do pedido de demissão do então diretor-geral da instituição Lucio Barcelos. Ontem, o caso se agravou quando foi entregue um dossiê à promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre Marinês Assmann.

Uma das principais unidades psiquiátricas do Estado, de acordo com Barcelos, está à beira de um colapso, e foi essa a razão motivadora para o seu pedido de afastamento.

Na tarde de ontem, em uma reunião no Ministério Público do Estado (MPE), Barcelos entregou um levantamento com as reais condições de funcionamento do São Pedro. Para Marinês, o encontro foi importante para que o MPE conheça as dificuldades que estão ocorrendo no hospital. “Agora vai ser instaurado um inquérito civil para apurar as circunstâncias e os problemas, inclusive com uma visita ao local nos próximos dias”, informa a promotora.

Marinês destacou a subutilização de uma estrutura física privilegiada que poderia se tornar uma referência nacional em termos de saúde pública. “Destaco também a estrutura de recursos humanos do hospital”, aponta a promotora.

Barcelos relata alguns problemas que estão sendo vivenciados no dia a dia do São Pedro. Ele cita a necessidade da colocação de condicionadores de ar para ajudar, principalmente, os pacientes idosos que enfrentam problemas com a umidade. “Acredito que os doentes devam ter o mínimo de conforto, melhorando a estrutura física e contratando mais funcionários”, exemplifica o ex-diretor.

Ele diz que o corpo funcional do hospital está adoecendo, pois além da carência de funcionários, não há renovação, e os poucos em operação já podem se aposentar. “Faltam cerca de 110 técnicos de enfermagem, psiquiatras, fisioterapeutas e, também, profissionais na área de educação física, importantes para a recreação dos internos”, desabafa Barcelos.

Outro agravante para a crise do São Pedro, de acordo com Barcelos, é a existência do Departamento de Coordenação dos Hospitais dentro da instituição. “São 20 funcionários que ocupam as dependências sem necessidade”, afirma. Soma-se a isso a existência de uma divisão de transportes no local, além da iminente instalação de uma Central de Transplantes e outra de Oxigenoterapia, esta com 80 funcionários administrativos. Ou seja, todos os funcionários desses departamentos, que ocupam a área somente pela ampla estrutura física, recebem uma gratificação de 45% de risco de vida pelo contato com os pacientes. “É injustificável que essas pessoas recebam um benefício que é próprio para quem trabalha com pacientes com problemas psíquicos. Todas essas coisas não fazem sentido e se tornaram insustentáveis para a minha permanência no cargo. Achei melhor a minha exoneração”, justifica Barcelos.

Para chegar ao ponto de pedir demissão, o ex-diretor informou que não faltaram reuniões para debater e pedir melhorias na estrutura do São Pedro. “Eu entreguei em mãos para a direção da Secretaria da Saúde ofícios relatando essas situações, além do pedido de um projeto de lei para encaminhar à Assembleia Legislativa, requerendo contratos emergenciais para novos funcionários”, relata Barcelos.

Ele denuncia ainda a realização da venda de serviços privados por cerca de 30 funcionários dentro do São Pedro. São cuidadores, psicólogos, fisioterapeutas, musicólogos, entre outros profissionais, que são pagos com recursos oriundos da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), do governo federal, e cobram por fora para atender os pacientes. “A venda de serviços privados dentro do serviço público é absolutamente incompatível”, afirma Barcelos.

O São Pedro conta hoje com cerca de 270 pacientes que moram na instituição, grande parte idosos com deficiências físicas e que necessitam de cuidados especiais. “As pessoas estão passando frio, vivendo sem acessibilidade e em condições precárias. Elas necessitam de um olhar especial e precisam de cuidados por parte da secretaria”, conclui o ex-diretor.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Adesão à greve chega a 80% na Capital

Prefeitura diz não ser possível reduzir jornada de trabalho para 30 horas semanais

Fonte: Site Jornal do Comércio - 24 de agosto de 2011.

Os servidores municipais, estaduais e federais que atuam na rede de saúde pública da prefeitura de Porto Alegre estão em greve desde a 0h de ontem. A decisão de paralisar as atividades foi aprovada em assembleia geral realizada no dia 17 de agosto. A principal reivindicação diz respeito à jornada de trabalho. Os servidores pedem que a carga seja reduzida de 40 para 30 horas semanais, sem alteração de salário. A maior parte dos postos de saúde da Capital, que não realizam atendimento de urgência, amanheceu fechada ontem.

Uma reunião realizada na tarde de ontem na comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre, com a presença de sindicatos representativos dos municipários e integrantes do Executivo, decidiu tentar uma saída negociada para a greve dos funcionários, que resistem à implantação do novo regime de carga horária.

Por encaminhamento do presidente da Comissão, vereador Thiago Duarte (PDT), a Cosmam irá solicitar a suspensão temporária do novo regime jurídico, bem como da implantação do ponto eletrônico nas unidades de saúde. A ideia é que, em seis meses, o Executivo envie ao Legislativo um plano de carreira definitivo para o conjunto do funcionalismo do setor da saúde, a exemplo do que já ocorreu com os médicos.

Durante a reunião, representantes do Sindicato dos Municipários (Simpa) e do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev) afirmaram que entraram em greve porque o prefeito José Fortunati se nega a negociar com eles e inclusive se retirou de uma reunião semanas atrás, o que motivou a deflagração da greve. Outra proposta prevê uma solução também negociada com a intermediação do Ministério Público usando o dispositivo do Termo de Ajuste de Conduta.

Pelo Twitter, o secretário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, criticou o fato de as portas de unidades de saúde terem sido acorrentadas e cadeadas para impedir a entrada de trabalhadores, chamando a atitude de “falta de seriedade” do movimento grevista. Os médicos não participam da greve, mas o serviço de atendimento à população ficou prejudicado, pois a paralisação mobiliza técnicos e profissionais que também dão assistência, como psicólogos, odontólogos e fisioterapeutas. Conforme a secretaria, não há como suprir a demanda de 800 novos servidores que seria necessária com a redução na carga de trabalho.

Conforme o Simpa, a paralisação obteve cerca de 80% de adesão dos municipários. À tarde, uma assembleia popular realizada em frente à prefeitura discutiu os problemas da saúde na Capital. A presidente do Conselho Municipal da Saúde (CMS), Maria Letícia Oliveira Garcia, lembrou que a jornada de 30 horas como forma de manter a qualidade do atendimento à população foi aprovada em todas as conferências da saúde (municipal, estadual e federal) e que o assunto também é discutido pelo CMS junto com o Ministério Público. Uma nova assembleia, marcada para as 14h de amanhã, no Clube do Comércio, avaliará a continuidade da mobilização. Até lá, a greve segue.

Prefeitura encaminha à Câmara projeto de lei que institui gratificações

O secretário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, entregou ontem, na Câmara Municipal, projeto de lei que institui as gratificações de incentivo à qualidade da gestão do Sistema Único de Saúde e de incentivo à qualidade da atenção no SUS.

Conforme o projeto, a gratificação de incentivo à gestão será de 100% sobre o vencimento básico dos servidores municipários atuantes na gestão da Secretaria Municipal da Saúde, enquanto a gratificação de incentivo à atenção corresponderá a 50% da remuneração básica dos municipários que trabalham na rede de atenção primária em saúde e centros de especialidades e vigilância sanitária. O documento prevê que as gratificações serão pagas gradativamente em quatro parcelas até a sua integralização (agosto e dezembro de 2011 e junho e dezembro de 2012).

Prefeitura da Capital corta o ponto dos grevistas da área da saúde

Na terça-feira, 70% dos postos receberam adesões à paralisação

Fonte: Site Zero Hora - 24 de agosto de 2011.

Os grevistas da área da saúde da Capital, que paralisaram as atividades na terça-feira, terão o ponto cortado pela prefeitura. A medida foi anunciada pelo secretário municipal de Governança Local, Cezar Busatto, que garantiu o desconto dos dias parados no salário dos servidores.

Além do corte no ponto, a Procuradoria-Geral do Município ingressará com uma ação ordinária para que a Justiça declare em caráter liminar a ilegalidade do movimento.

Ontem, pelo menos 70% dos postos de saúde receberam adesões à paralisação, conforme o diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Mario Fernando da Silva.

Técnicos e profissionais como psicólogos, enfermeiros, odontologistas, nutricionistas e fisioterapeutas reivindicam o cumprimento da jornada de 30 horas de trabalho semanais sem redução salarial.

O secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, argumenta que não há condições de manter todos atuando 30 horas semanais sem a contratação de mais pessoal.

Uma nova assembleia da categoria está marcada para a quinta-feira.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sem saber de paralisação, pacientes esperam na chuva para marcar consultas na Capital

Funcionários reivindicam que a carga horária seja reduzida de 40 para 30 horas semanais

Fonte: Site Zero Hora - 23 de agosto de 2011.

Sem saber da paralisação de servidores municipais da área da saúde, pacientes se dirigiram nesta madrugada ao Centro de Saúde Modelo, no bairro Santana, em Porto Alegre, para tentar marcar consultas médicas. Sob a chuva que atinge a Capital, algumas das pessoas chegaram ao posto por volta de 5h.

A bacharel em Direito Iara Bittencourt, 65 anos, entrou na fila às 5h15min na esperança de conseguir uma consulta para a irmã, mas encontrou portas fechadas.

— Nos deparamos com um papel em que estava escrito que não teria marcação de consultas na data de hoje — relata a idosa.

Os funcionários reivindicam que a carga horária seja reduzida de 40 para 30 horas semanais. Embora os médicos não estejam em greve, o atendimento é comprometido porque a paralisação envolve técnicos e profissionais como psicólogos, enfermeiros, odontologistas, nutricionistas e fisioterapeutas, entre outros.

Ao Centro de Saúde Modelo, uma paciente levou até um banquinho para esperar o atendimento na rua. As consultas previamente agendadas estão sendo realizadas.

— É só na terça-feira que tem marcação de consulta aqui. A pessoa chega às 5h e fica na rua, com risco de assalto, debaixo de chuva — reclama Iara.

A doméstica Liamar Prestes de Oliveira, 35 anos, também não estava informada sobre a paralisação. Ela havia tentado marcar consulta na terça-feira da semana passada, mas não conseguiu devido à grande quantidade de pessoas na fila. Na ocasião, foi orientada a retornar hoje:

— Preciso mostrar um exame para o médico e não consigo consulta. A gente vai no hospital e nos mandam para o posto, vamos para o posto e nos mandam para o hospital. A gente se sente uma bola, jogada para lá e para cá — lamenta.

A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha, explica a questão da carga horária dos servidores em Porto Alegre:

— Já foi aprovado em conferência nacional, estadual e municipal que o mais adequado aos trabalhadores da saúde é atuar 30 horas semanais, em função das próprias condições de trabalho. O governo do prefeito José Fortunati revogou essa instrução normativa e está obrigando o pessoal a fazer 40 horas. Quem ficar com as 30 horas vai perder o regime de tempo integral, que é mais ou menos 50% do salário. Isso deixou o pessoal indignado. 

Pedido de demissão de diretor-geral chama atenção para precárias condições do São Pedro

Alguns aposentos apresentam umidade e sinais de infiltração nas paredes da instituição psiquiátrica da Capital

Fonte: Site Zero Hora - 23 de agosto de 2011.

Um dos principais hospitais psiquiátricos do Estado é público, mas depende do dinheiro de seus pacientes para funcionar com um mínimo de qualidade. Equipamentos como TV e ar-condicionado, materiais como lençóis e travesseiros e serviços terapêuticos são garantidos por meio de recursos próprios dos 270 internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na Capital.

Em uma visita à instituição, na segunda-feira, ZH pôde constatar carências que foram alegadas pelo ex-diretor-geral Lucio Barcelos como justificativa para o pedido de demissão formalizado sexta-feira passada e abriram uma crise na saúde.

Em uma das diferentes unidades de internação que integram o complexo, chamada Moisés Roithmann, os pacientes tiveram de desembolsar para contar com itens mínimos de conforto como climatização. Até roupas de cama já precisaram ser repostas.

Em outra unidade próxima, a Morel, em um pavimento localizado abaixo do nível da rua, as condições são mais precárias. Os quartos são úmidos, há sinais de infiltração nas paredes, e os banheiros tiveram as portas arrancadas pelos próprios pacientes.

Outro problema é falta de pessoal. Uma aparente contradição, já que há cerca de 700 funcionários para lidar com menos de 300 pacientes. Uma das explicações é a complexidade do trabalho, já que alguns doentes requerem atenção quase total, e outra é o grande número servidores afastados do serviço.

Servidores da Saúde paralisam atividades por tempo indeterminado a partir de hoje na Capital

Atividades devem ser prejudicadas nas instituições sanitárias

Fonte: Site Zero Hora - 23 de agosto de 2011.

Servidores municipais, além de estaduais e federais municipalizados, irão paralisar as atividades por tempo indeterminado, reivindicando carga horária de 30 horas a partir desta terça-feira em Porto Alegre. A greve envolve técnicos e profissionais como psicólogos, enfermeiros, odontologistas, nutricionistas e fisioterapeutas, entre outros.

Os médicos não cruzarão os braços. No entanto, mesmo as atividades deles deverão ficar comprometidas, já que não poderão contar com o apoio de outros profissionais em serviços como a realização de exames, por exemplo.

Os usuários do SUS que utilizam os postos de saúde deverão ser os mais prejudicados. Isso porque, ao contrário dos hospitais e dos pronto-atendimentos, os postos não deverão contar com efetivo mínimo de 30%, de acordo com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

A diretora-geral do Simpa, Carmen Padilha, explica a questão da carga horária dos servidores em Porto Alegre:

— Já foi aprovado em conferência nacional, estadual e municipal que o mais adequado aos trabalhadores da saúde é atuar 30 horas semanais, em função das próprias condições de trabalho. O governo do prefeito José Fortunati revogou essa instrução normativa e está obrigando o pessoal a fazer 40 horas. Quem ficar com as 30 horas vai perder o regime de tempo integral, que é mais ou menos 50% do salário. Isso deixou o pessoal indignado.

O secretário da Saúde de Porto Alegre, Carlos Henrique Casartelli, relaciona a paralisação dos funcionários à implantação do ponto eletrônico. Para ele, haverá pouca participação na manifestação:

— Acho que a adesão à greve não deverá ser importante porque ela não se sustenta. Os servidores estão solicitando algo que eles já têm, que são as 30 horas. Então, certamente a greve está muito mais vinculada ao fato de nós estarmos instalando o ponto eletrônico de efetividade, quando a cobrança de carga horária se torna algo concreto — afirmou.

Quanto a melhorias à carreira, o secretário ressaltou a possibilidade de implantação de um incentivo de produtividade por equipe. Esse benefício resultaria em um aumento de 50% nos salários, disse Casartelli. O projeto deverá ser apresentado hoje na Câmara de Vereadores.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sem medo do AVC: é possível prevenir a doença que mais mata no país

Conhecer as causas e os sintomas ainda é a melhor arma para evitar o Acidente Vascular Cerebral

Fonte: Site Zero Hora - 22 de agosto de 2011.

Até o final da leitura deste texto, uma pessoa terá morrido em decorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) — principal causa de óbito no Brasil. A incidência aumenta em 20% no inverno e as regiões Sul e Sudeste são as que mais somam casos de derrame. Prevenir o aparecimento da doença é simples. Basta seguir as determinações da boa saúde: alimentação de qualidade, controle do colesterol, da pressão arterial, além de cultivar a prática de exercícios físicos e não fumar.

O coração batendo descompassado e uma tosse insistente são alguns dos sintomas mais frequentes de quem esteve próximo a ter um derrame, como Maria Amelia Mello Pinho, 72 anos. Em meados de 2008, crises sucessivas de estresse fizeram com que a aposentada saísse em disparada para o pronto-socorro, em Gravataí, município da Região Metropolitana.
— Foi um susto. Precisei levar uns choques no peito e ser internada. Depois desse dia, passei a tomar anticoagulante diariamente e controlar mês a mês os níveis de coagulação do sangue — conta Maria Amelia.

O fato de ter as taxas de glicose, colesterol, e os níveis de pressão equilibrados podem ter ajudado a livrar a aposentada de ter um AVC. Sorte não desfrutada por 400 mil indivíduos a cada ano no país — o equivalente ao número de habitantes de Caxias do Sul, a segunda cidade mais populosa do Estado. Desses, até 30% morrem em seguida do ataque. Do restante, 60% morre em cinco anos.

A principal causa do AVC isquêmico, o tipo mais fatal e que mais deixa sequelas, é a hipertensão arterial. Para abordar o assunto e trabalhar na prevenção, na quarta-feira passada foi celebrado o Dia da Consciência Vascular, sob o tema Mantenha-se em Circulação.

— A forma mais simples de resolver é deixando a vida sedentária.Com isso, os outros índices vão se ajeitando aos poucos — aponta Adamastor Humberto Pereira, presidente da Regional Rio Grande do Sul da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Especialistas destacam que um dos principais erros cometidos pelos pacientes é demorar para procurar ajuda. Logo após os primeiros sintomas, cada minuto se torna precioso. Portanto, esperar que algum familiar chegue em casa para tomar providências ou ir sozinho ao hospital só atrasa o diagnóstico.

— O mais prudente é chamar a Samu, no 192. Esses profissionais estão habilitados a orientar desde o telefonema e sabem quais hospitais são mais indicados — explica a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, coordenadora da ONG Rede Brasil AVC, que tem sede no Rio Grande do Sul.

Para o neurologista vascular Alexandre Pieri, responsável pelo ambulatório de AVC da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), a ausência de sintomas, porém, não significa que a pessoa não tenha que se cuidar.

— Apenas um terço dos pacientes apresenta sinais de que estão tendo um derrame, como falta de força de um lado do corpo ou distúrbios na fala. Eles se assustam e vão ao médico. O restante não tem essa sorte. O negócio é prevenir.

Novos medicamentos ajudam a prevenir

A indústria farmacêutica tem evoluído a passos largos no desenvolvimento de drogas que ajudam a prevenir o AVC provocados por fibrilação atrial — um dos tipos mais comuns de arritmia e responsável por um a cada seis derrames. Após 50 anos sem novidades no segmento, uma nova geração de anticoagulantes chegou ao mercado nesse mês. O primeiro tem a dabigatrana como princípio ativo e já foi aprovado pela Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa).O segundo, a  rivaroxabana, já está em fase final de estudos e pode ser liberado em breve. Em comum, têm o benefício de quebrar um pouco a dependência do paciente com o médico.

Para Gilberto Nunes, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (Socergs), os níveis de prevenção do derrame são praticamente os mesmos dos que já existem. As vantagens estariam na comodidade.

— As drogas dispensam os tradicionais exames de sangue para controlar os níveis de coagulação e também não interagem com outros medicamentos ou alimentos que contenham a vitamina K, como alface e brócolis. Mas tem um fator limitante, que é o preço (cerca de R$ 250).Ele é bem aplicado naqueles pacientes que não tem responsabilidade ao fazer o tratamento.

Aderir à risca às prescrições do médico é crucial. Poucos o fazem. Um pesquisa recente realizada em parceria com a ONG Rede Brasil AVC constatou que apenas 8% daqueles que tiveram derrame estavam utilizando o medicamento.

Números da doença

:: Incidência

- 1 em cada 6 pessoas terão o problema, estima a Organização Mundial de AVC
- 70 mil brasileiros morrem de AVC todos os anos — essa é a doença que mais mata no país
- 1 em cada 10 pessoas que sofreram um AVC tem outro ataque nos 12 meses seguintes

:: Tipos

- Em 85% dos casos, o AVC é isquêmico, quando um coágulo ou placa de gordura se instala em uma das artérias cerebrais, reduzindo ou impedindo a circulação sanguínea. Este coágulo pode se originar diretamente no cérebro, ou tem origem no coração ou nas artérias carótidas ou vertebrais e depois migrar para o cérebro. 
- O AVC hemorrágico é caracterizado pelo rompimento de um vaso sanguíneo, desencadeando uma hemorragia no cérebro.

:: Progressão

- A cada hora sem tratamento, são perdidos 120 milhões de neurônios - ao todo o cérebro tem cerca de 90 bilhões dessas células.
 - Após o AVC, o cérebro usa sua capacidade de plasticidade neuronal para fazer com que outras áreas assumam as funções de coordenação executadas pelos neurônios danificados.

:: Corrida contra o tempo

Quanto mais rápido o atendimento, menor o dano. O que deve ser feito:
AVC isquêmico
- Até 4,5 horas após o início: pode ser dado o medicamento trombolítico, que irá estimular o organismo a destruir o trombo e reduzir em até 30% as sequelas. Porém, apenas 5% chegam a tempo. Além disso, a droga não pode ser aplicada em pacientes suscetíveis a hemorragia.
- De 4,5 horas a 8 horas após o início: é feita a terapia interarterial, na qual um cateter é usado para facilitar a destruição do trombo.
AVC hemorrágico
- Não há medicamento. O que se deve fazer é controlar a pressão sanguínea nas primeiras horas para evitar que a lesão aumente.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Abrasus presente em entrega de medalha a presidente do SIMERS

Fonte: ABRASUS - 19 de agosto de 2011.

A diretoria da Abrasus esteve presente na entrega da medalha do Mérito Farroupilha ao presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, na Assembleia Legislativa, no dia 10 de agosto. A iniciativa partiu do deputado estadual Pedro Westphalen (PP). "Sabemos da luta e da importância da posição dele na defesa da Saúde e dos menos assistidos", destacou a presidente da Associação, Terezinha Borges.


SIMERS cobra mais verbas para êxito em plano para esvaziar emergências

Fonte: Site SIMERS - 19 de agosto de 2011.

A vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Maria Rita de Assis Brasil, elogiou a intenção de montar um plano para reduzir a superlotação das emergências que atendem SUS na Capital, mas condicionou o sucesso da iniciativa da prefeitura de Porto Alegre à oferta de mais leitos, reforço na rede básica e ao aumento das verbas.

"Onde está o financiamento para implementar as medidas? O município, o Estado e a União vão ampliar os recursos? Sabemos que os governos federal e estadual não cumprem o mínimo constitucional", questionou a dirigente, que é também médica emergencista no Hospital Conceição, estabelecimento que dará a largada nas ações na próxima semana.

A expectativa do município é que as demais instituições (Clínicas, Santa Casa, São Lucas da PUC, Parque Belém, Vila Nova, Beneficência Portuguesa e Cardiologia) também adotem os mecanismos em breve. Todos deverão se ajustar. Maria Rita acompanhou, no final da tarde desta quinta (18), a apresentação do secretário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, na sede da pasta, no bairro Cidade Baixa, do que está sendo chamando de Plano 100.

MAIS LEITOS

A vice-presidente do Sindicato considera que a melhoria na gestão é um ponto essencial, mas ressaltou a preocupação com práticas que podem prejudicar os pacientes. "Pessoas com enfermidades crônicas só chegam aos serviços porque não encontram o atendimento de que necessitam nos postos. Internamos muitos deles, que o secretário aponta como conduta desnecessária, porque eles não têm onde receber o tratamento", contrapôs a médica. A reação da dirigente ocorreu porque Casartelli afirmou que há uma cultura de internar casos que deveriam ser resolvidos em postos.

Para ela, um plano deve contar com garantia de mais vagas. O SIMERS aponta redução de 35% dos leitos hospitalares do SUS na Capital entre 1993 e 2011. Cerca de 3 mil vagas foram suprimidas. A presidente da Abrasus, Terezinha Alvez Borges, citou que as deficiências listadas pela SMS no anúncio foram apontadas em dossiê da entidade entregue em maio ao titular da pasta. "Na época, ele disse que estava agindo, mas até hoje não vimos nada. Será que o novo plano sai do papel?", preocupa-se a presidente da ONG que defende os direitos dos usuários.

CEM DIAS

O secretário explicou que pretende reduzir fortemente a superlotação das unidades após cem dias de implementação de medidas. Mas ele não se comprometeu com o fim da ocupação acima da capacidade. Também disse que na próxima semana terá agenda em Brasília para reivindicar mais verbas da União. "Já falamos com o Estado. A União terá de ampliar os recursos", esclareceu.

O pacote inclui, por exemplo, a agilização das altas hospitalares, redução do número de pacientes à espera de vagas de internação nas emergências (maior causa da ocupação de até três vezes a capacidade) e maior resolução da assistência ambulatorial (com maior oferta de exames e consultas com especialistas).

Casartelli apontou a criação de leitos de retaguarda nos hospitais (que não seriam novos leitos), ampliação de exames (ele não revelou em quanto) e a regulação de 100% dos leitos SUS como alicerces para buscar a redução da demanda sobre os hospitais. O Plano 100 terá um piloto no Conceição, que pretende sair de uma média diária atual de 175 pacientes internados na emergência para uma centena até dezembro.

O chefe da emergência do Hospital de Clínicas, Jeferson Pedro Piva, assinalou que sem mais leitos será muito difícil ter êxito na ação. "O problema não é de gestão interna e sim externa. A primeira coisa é ter leitos", apontou Piva. Para o chefe do serviço, os hospitais não estão lotados porque há internações equivocadas ou porque não ocorrem altas mais rápidas. "Os serviços viraram reféns das emergências, devido à grande demanda de pacientes."


 

ABRASUS participa de evento que debateu alternativas para filantrópicos

Fonte: ABRASUS - 19 de agosto de 2011.

Representantes da ABRASUS comparecerem à audiência pública do Movimento SOS Hospitais Filantrópicos, realizada no último dia 9, na sede da OAB, em Porto Alegre. A presidente da Associação, Terezinha Borges, e a advogada Rosane Rempel acompanharam as discussões sobre o gerenciamento dos 239 hospitais filantrópicos do Estado — hoje responsáveis por cerca de 70 % das internações via SUS. As instituições acumulam dívidas superiores a R$ 1 bilhão em 2010 e não possuem adequada estrutura para atendimento à população.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Descoberta de anticorpos pode revolucionar desenvolvimento de vacina contra a Aids

Munir anticorpos de forma a reconhecer patógenos faz parte do manual de produção de vacinas, mas tem provado ser algo extremamente difícil no caso do HIV

Fonte: Site Zero Hora - 18 de agosto de 2011.

Cientistas que pesquisam o vírus HIV afirmaram ter identificado 17 anticorpos poderosos, cuja descoberta abriu caminhos valiosos na busca por uma vacina contra a Aids. Anticorpos são a "infantaria" do sistema imunológico e atacam invasores que podem ser micróbios ou vírus, marcando-os para serem destruídos por células "assassinas" especializadas.

Munir anticorpos de forma a reconhecer patógenos faz parte do manual de produção de vacinas, mas tem provado ser algo extremamente difícil no caso do vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), que causa a Aids. Os novos anticorpos amplamente neutralizantes são a maior descoberta feita até agora e também são muitas vezes mais poderosos do que os descobertos anteriormente, afirmaram os cientistas em um artigo publicado na edição desta quinta-feira da revista britânica Nature.

— A maior parte das vacinas antivirais depende do estímulo às respostas dos anticorpos para funcionar de forma eficaz. Por causa da variabilidade notável do HIV, uma vacina anti-HIV eficaz provavelmente teria que ativar anticorpos amplamente neutralizantes. É por isso que esperamos que estes novos anticorpos provem ser aquisições valiosas nas pesquisas para a vacina da Aids — explicou Dennis Burton, do Instituto de Pesquisas Scripps, em La Jolla, Califórnia.

Segundo a Iniciativa Internacional para a Vacina da Aids (IAVI, na sigla em inglês), uma ONG internacional patrocinadora das pesquisas, a busca por anticorpos neutralizantes do HIV seja talvez o maior desafio enfrentado por produtores de vacinas.

Os 17 anticorpos descobertos foram isolados de quatro indivíduos soropositivos, um feito perecido com procurar agulha em um palheiro, pois apenas um número muito pequeno de pessoas produzem estas poderosas moléculas.

A Aids já matou cerca de 30 milhões de pessoas desde que a doença passou a fazer parte do conhecimento público, em 1981. Segundo estimativas da ONU, cerca de 34 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV atualmente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pesquisador da PUCRS desenvolve remédio ideal contra diabetes

Medicamento reduz a glicose de pacientes com diabetes do tipo 2 sem apresentar os efeitos colaterais adversos de outras substâncias usadas com o mesmo fim

Fonte: Site Zero Hora - 17 de agosto de 2011.

O professor e pesquisador da PUCRS, André Arigony Souto, elaborou a fórmula de um medicamento que reduz a glicose de pacientes com diabetes do tipo 2 sem apresentar os efeitos colaterais adversos de outras substâncias usadas com o mesmo fim. Além disso, o remédio ainda pode contribuir para a saúde do cérebro e do coração.

O novo medicamento é feito à base do resveratrol, uma molécula de grande absorção que é facilmente eliminada pelo organismo. O projeto está sendo desenvolvido a partir do licenciamento de uma patente da Eurofarma.

Os testes pré-clínicos foram feitos em animais, nos laboratórios da universidade. Os resultados comprovaram que o medicamento desenvolvido por Arigony não altera o comportamento, não tem efeitos colaterais sobre as funções no sistema nervoso e melhora a memória dos animais doentes.

A próxima etapa, antes da regulamentação do medicamento, serão os testes em humanos que vão ser realizados em São Paulo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Má alimentação aumenta risco de problema de visão

Vitaminas D e E podem ajudar a prevenir a degeneração macular, doença que pode levar à cegueira

Fonte: Site Zero Hora - 16 de agosto de 2011.

A maior causa de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A doença, que atinge 2,9 milhões de brasileiros com mais de 65 anos, é caracterizada pela morte das células da parte central da retina — a mácula. De acordo com o médico Leôncio Queiroz Neto, o risco de desenvolver o problema é maior quando se tem uma alimentação pobre em vitaminas E e D.

Para o oftalmologista, o dado divulgado recentemente pelo IBGE de que 98% da população apresenta uma alimentação deficiente nessas vitaminas é preocupante.

A retina é uma membrana que reveste o fundo olho e transforma a luz em estímulo nervoso, enviando-a para o cérebro, onde são formadas as imagens. A vitamina E, segundo o médico, é um dos oxidantes que interrompe a degeneração das células da mácula, evitando o seu envelhecimento.

Já a vitamina D, que ajuda o organismo a manter uma boa circulação sanguínea, é responsável por conduzir o oxigênio à retina. A falta deste nutriente leva à formação de neovasos e à falência das células da mácula.

Diagnóstico e tratamento da degeneração macular

De acordo com Queiroz, um teste simples pode ser feito em casa para identificar possível problema na retina. Basta desenhar um ponto preto no centro de um papel quadriculado e verificar cada olho separadamente, fechando o outro. Visão desfocada, embaçada ou tortuosa são sinais de que algo está errado com a retina e é necessário consultar um oftalmologista.

O tipo mais comum da doença é a degeneração macular úmida e o tratamento normalmente é feito com aplicação de laser que evita a progressão da doença em 90% dos casos, se o diagnóstico for precoce. Porém, muitas pessoas que têm o problema acreditam que a baixa visão tem relação com a idade e não procuram ajuda médica.

Adapte a sua dieta para evitar problemas

:: Alimentos fontes de vitaminas E: gérmen de trigo, cereais integrais, ovo, óleos vegetais e vegetais de folhas verde-escuras.

:: Alimentos fontes de vitaminas D: derivados do leite, peixe e fígado.
* A absorção da vitamina é ativada pela exposição ao sol, portanto, procure tomar sol diariamente por cerca de 20 minutos em horários adequados e com a devida proteção.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Estado apresenta proposta para evitar suspensão de atendimentos em hospitais filantrópicos

Proposta inclui divisão do valor exigido em duas parcelas de R$ 50 milhões, sendo parte financiada pelo Banrisul

Fonte: Site Zero Hora - 15 de agosto de 2011.

O governo apresentou uma proposta na tarde desta segunda-feira a representantes de hospitais filantrópicos para garantir os recursos às instituições e evitar a suspensão de atendimentos pelo SUS. Os hospitais exigem o valor emergencial de R$ 100 milhões.

Em um primeiro momento, a ideia do governo é repassar R$ 50 milhões de forma direta aos hospitais, sendo R$ 36 milhões referentes aos repasses federais que estão atrasados e outros R$ 14 milhões provenientes do tesouro do Estado. Os R$ 50 milhões restantes viriam por meio de um financiamento no Banrisul, que deve ser negociado entre o banco e as instituições.

De acordo com o vice-governador Beto Grill, o aporte de R$ 14 milhões será imediato. O restante dos recursos da primeira parcela será obtido junto ao governo federal.

— O primeiro o aporte imediato será de 14 milhões do tesouro federal. Faremos uma mobilização junto ao governo federal para obter os demais R$ 36 milhões, em três parcelas — afirmou Grill ao deixar a reunião entre diretores de hospitais filantrópicos e autoridades do Estado, como o secretário de Saúde, Ciro Simoni, no Palácio Piratini.

A proposta ainda deve ser analisada por representantes das instituições em uma assembleia, na próxima semana. Para o presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos, Julio Matos, a oferta é isatisfatória:

— Representa apenas 50% do que pedimos. O financiamento não resolve a questão, pois se trata de uma solução onerosa para as instituições —  afirmou Matos.

O dinheiro seria distribuído para os 239 hospitais filantrópicos e santas casas. Os hospitais filantrópicos respondem por 70% das internações pelo sistema único de saúde no Rio Grande do Sul.

Vacina pode evitar o uso das drogas com reações violentas no organismo

Para diversos cientistas, a solução pode estar na mesma abordagem que praticamente erradicou a poliomielite e o sarampo do mundo todo

Fonte: Site Zero Hora - 15 de agosto de 2011.

A morte prematura da cantora inglesa Amy Winehouse e a nova internação em uma clínica de reabilitação da atriz Vera Fischer reacenderam o debate sobre os malefícios da dependência química. De acordo com um relatório publicado recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 280 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos consomem drogas ilícitas, apesar das evidências sobre o perigo que essas substâncias representam à saúde.

Para diversos cientistas, a solução pode estar na mesma abordagem que praticamente erradicou a poliomielite e o sarampo do mundo todo: a vacina.

O princípio da imunização contra o vício é aparentemente simples — fazer com que o organismo entre em contato com pequenas dosagens de uma substância invasora e produza anticorpos para combatê-la. A ideia é inibir o efeito cascata provocado pelas drogas: quanto mais se usa, mais se quer.

A vacina seria capaz de quebrar o ciclo, impedindo que a substância chegasse até o cérebro, onde é processada. Sem usufruir das sensações induzidas pelas drogas, o usuário deixaria de usá-las.

O problema é que chegar à fórmula da vacina é difícil, porque, diferentemente de vírus e bactérias, cujas proteínas são grandes e fáceis de reconhecer, as moléculas das drogas são muito pequenas e passam despercebidas pelo organismo em sua viagem até o cérebro.

Laboratórios dos Estados Unidos e da Inglaterra, contudo, não param — e os resultados positivos começam a aparecer. O trabalho mais recente foi produzido pelo Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia. Neste mês, os cientistas anunciaram a criação de uma vacina que ataca a heroína, droga que, somente nos EUA, causa perdas anuais calculadas em US$ 22 bilhões.

De acordo com os pesquisadores, a estratégia foi bem-sucedida no combate à heroína e a outros componentes da droga, que, ao chegarem ao cérebro, produzem os efeitos eufóricos. O principal autor do estudo, Kim Jandra, afirmou que, em 25 anos dedicados à pesquisa de vacinas contra o vício, nunca viu uma resposta imune tão forte. Os estudos foram realizados em ratos, mas a expectativa dos cientistas é que efeitos semelhantes sejam observados em humanos.

Jandra afirma que há 40 anos os cientistas tentam encontrar uma vacina viável contra a heroína, mas sem sucesso, porque, injetada no organismo, ela se converte rapidamente em diversas substâncias, os metabólitos, cada um deles produzindo efeitos psicóticos diferentes.

A equipe do pesquisador, então, procurou desenvolver uma nova abordagem, chamada imunofarmacoterapia, pela qual foi possível não apenas identificar as substâncias ainda na corrente sanguínea como bloquear sua chegada ao cérebro. 

— Antes das pesquisas clínicas, precisamos fazer mais estudos em animais, principalmente para checar se há recaídas — afirma Jandra.

Ainda assim, ele está bastante animado com os resultados.

— Essa abordagem é absolutamente viável. Já conseguimos desenvolver vacinas semelhantes para cocaína, nicotina, matafetamina e distúrbios alimentares. Então, sim, acredito plenamente que outros tipos de dependência podem ser tratados com imunização — afirma.

Jandra, ao lado de Neil Stowe, também do Instituto Scripps, também participaram de um grupo de pesquisadores que conseguiram criar uma vacina contra a cocaína que, em ratos, também se mostrou promissora.

— Os resultados foram dramáticos na proteção dos efeitos da cocaína. Acredito que essa abordagem será bastante promissora em humanos — conta Ronald G. Crystal, professor de genética da Faculdade de Medicina de Weill Cornell, que fez parte da equipe.

Da mesma forma da vacina contra a heroína, a imunização que tem a cocaína como alvo conseguiu evitar que as moléculas da droga chegassem ao cérebro depois de consumidas. Segundo Crystal, os efeitos da vacina duraram 13 semanas, o maior intervalo de tempo já obtido em pesquisas do tipo. Com isso, não seriam necessários tratamentos caros, com diversas infusões.

A meta, segundo os cientistas, é conseguir fazer testes em humanos. Atualmente, não há vacinas antidrogas aprovadas em nenhum lugar do mundo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dor nas costas tem relação com falta de nutrientes na coluna

Fisioterapeuta dá dicas para evitar o problema no dia a dia

Fonte: Site Zero Hora - 11 de agosto de 2011.

Mais da metade da população sofre com algum tipo de dor nas costas, que pode estar relacionada normalmente com estresse, má postura, sedentarismo, obesidade, crescimento acelerado ou distúrbios hereditários. No entanto, recentemente, uma pesquisa realizada na Espanha sugere que as dores nas costas podem ter ligação com a falta de nutrientes.

A pesquisa do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC) revela que a pressão exercida sobre os discos da coluna pelo levantamento excessivo de peso pode danificá-los ao reduzir o fluxo de nutrientes até eles. Os resultados foram constatados por meio da criação de modelos computadorizados dos discos humanos. Os cientistas estudaram os efeitos nutricionais e mecânicos da pressão exercida sobre eles.

Segundo os pesquisadores, as pressões excessivas influenciam negativamente a quantidade de glicose e ácido láctico presentes no disco. É preciso que as células tenham glicose, contudo, o excesso de ácido láctico pode ser prejudicial, já que interrompe a nutrição e pode gerar um processo degenerativo.

De acordo com um dos responsáveis pelo estudo, Jerome Noailly, é necessário restaurar o volume de água e do disco, pois um disco degenerado é como uma esponja murcha que precisa voltar a seu tamanho normal.

Saiba como prevenir a dor nas costas no dia a dia

Dicas simples podem ajudar a evitar as dores, já que, algumas vezes, elas são consequência de atividades frequentes como se agachar, levantar ou carregar peso. Confira o que você pode mudar na rotina, de acordo com o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa:

:: Alongue-se diariamente
Os músculos mais flexíveis melhoram a postura e aliviam as tensões.

:: Mantenha-se no peso ideal
O excesso de peso contribui para uma maior pressão nos discos vertebrais.

:: Sente-se corretamente
Sempre mantenha-se alinhado com o eixo da cadeira e  use cadeiras firmes. Descanse os braços e mantenha os joelhos elevados.

:: Durma em uma posição confortável
O ideal é que você durma de lado, com um travesseiro entre as pernas e em uma posição que garanta que sua cabeça esteja alinhada com os ombros. Nunca durma de bruços.

:: Ao pegar um objeto no chão ou carregar peso, flexione sempre os joelhos, mantendo abdômen contraído.

:: Ao dirigir, coloque o banco mais próximo do volante, ficando com os joelhos acima do quadril e as costas apoiadas no encosto.

:: Evite dormir em um colchão muito mole, o mais indicado é o semi-ortopédico.

:: Quando estiver fazendo qualquer atividade, lembre-se sempre de mudar de posição o mais frequentemente possível.

:: Fortaleça os músculos do abdômen e da coluna.

:: Faça atividade física regularmente, de preferência sem impacto e/ou sobrecarga articular.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cientistas americanos descobrem novo anticorpo da gripe

De acordo com autor da pesquisa, descoberta revela que sistema imunológico pode ajustar sua resposta à gripe

Fonte: Site Zero Hora - 10 de agosto de 2011.

Pesquisadores americanos descobriram um anticorpo que age contra 30 das 36 cepas da gripe, o último avanço na busca de um tratamento universal e de uma vacina contra a doença, segundo estudo publicado nesta segunda-feira.

O novo anticorpo amplamente neutralizante, denominado CH65, consegue aderir na superfície do vírus da gripe, denominada hemaglutinina, a qual sofre mutação a cada temporada, forçando os especialistas a projetar regularmente uma nova vacina.

O anticorpo foi encontrado nas células de um voluntário, que tomou vacina contra a gripe desenvolvida para o ano de 2007, destacou o estudo, publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências.

— O que isto nos diz é que o sistema imunológico humano pode ajustar sua resposta à gripe e de fato produzir, embora com uma frequência baixa, anticorpos que neutralizam toda uma série de cepas — disse o autor principal do estudo, Stephen Harrison, do Hospital Infantil de Boston.

De acordo com o pesquisador, o objetivo principal do estudo é entender como o sistema imunológico seleciona os anticorpos e utilizar essa informação para fazer melhorias que contribuam para a elaboração de uma nova vacina.

Na última semana, pesquisadores britânicos e suíços anunciaram, na revista americana Science, a descoberta do primeiro anticorpo humano capaz de eliminar todos os vírus da gripe. Este anticorpo, denominado FI6, foi posto à prova nos subtipos de vírus da gripe A e sempre demonstrou eficácia contra a hemaglutinina, uma proteína frequentemente variável.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cientistas desenvolvem vírus que persegue o HIV

Vírus marca vírus

Fonte: Site Diário da Saúde - 9 de agosto de 2011.

Usar um vírus para matar outro vírus. Mais especificamente, o ainda temido HIV. Esta é a ideia do Dr. Ping Wang, da Universidade do Sul Califórnia, nos Estados Unidos. No que representa um passo importante rumo a um tratamento definitivo para o HIV, o cientista e sua equipe criaram um vírus que persegue e marca as células infectadas pelo HIV.

Terapia gênica suicida

O vetor lentiviral agarra-se às células infectadas pelo HIV, marcando-as, naquilo que é conhecido como "terapia gênica suicida" - permitindo que as drogas mais tarde as persigam e destruam.

"Se você esgotar todas as células infectadas pelo HIV, você pode, pelo menos parcialmente, resolver o problema," disse Wang.

Vetores virais são comumente utilizados para levar material genético para as células. Os lentivírus (vírus de ação lenta) são uma subclasse dos retrovírus, mas que conseguem infectar células que não se dividem.

Vírus artificial

O uso do vetor lentiviral para alvejar o HIV tem a vantagem de evitar efeitos colaterais, mantendo as células que não estão infectadas pelo HIV fora do alcance dos medicamentos.

Nenhum medicamento atual alcança essa seletividade, o que acaba gerando efeitos colaterais nos pacientes que tomam os antirretrovirais.

Até agora, o vírus artificial só foi testado em culturas celulares, e alcançou uma taxa de destruição das células infectadas pelo HIV de cerca de 35 por cento.

Embora pareça não ser muito, se este tratamento chegar a ser utilizado em seres humanos, é provável que várias doses tomadas em sequência maximizem sua eficácia.

Rumo à cura

O próximo passo da pesquisa será testar o procedimento em camundongos, o que permitirá a avaliação da eficácia de múltiplas doses.

Ainda que seja um avanço importante, estamos longe de falar em uma cura para a AIDS.

"Esta é uma fase inicial da pesquisa, mas certamente é uma das opções nessa direção," disse o Dr. Wang.

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ABRASUS em nova sede

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Iara Trovão - Presidente à época - apresentando a Abrasus.

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