Especialistas recomendam maior atenção à situação, para que seja possível salvar ainda mais vidas
Fonte: Site Zero Hora - 31 de agosto de 2011.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais devem ter mais atenção com os índices de mortalidade dos recém-nascidos para salvar ainda mais vidas, segundo recomendações de especialistas depois da divulgação de um estudo que mostra um declínio nas taxas de mortalidade de neonatos nos últimos anos.
A ONG Save the Children e pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram a situação em um estudo mundial sobre as taxas de mortalidade de neonatos. Publicado na revista PLos Medicine, a pesquisa mostra que os bebês com menos de quatro semanas representam 41% das mortes ao nascer no mundo.
Além disso, de 1990 a 2009, esses óbitos diminuíram de 4,6 milhões para 3,3 milhões. Segundo o levantamento, que cobriu 193 países, em alguns, como Cuba, Malásia e Polônia, existe maior chance de sobreviver ao nascer do que nos Estados Unidos.
Devido às melhorias na atenção infantil em alguns países, os recém-nascidos no Qatar, Croácia e Emirados Árabes Unidos têm agora quase a mesma taxa de mortalidade que os EUA. O país tem um índice de mortalidade ao nascer de 4,3 por cada mil e ocupa a 40ª posição da lista mundial, enquanto em 1990 estava em 28°. O Afeganistão e a Índia são os países com as piores taxas.
Segundo a pediatra Joy Lawn, da ONG Save the Children, as principais causas da morte de recém-nascidos são parto prematuro, asfixia e infecções graves, problemas que poderiam ser facilmente prevenidos com atenção adequada.
— Necessitamos profissionais da saúde, necessitamos governos que não esperem morram os recém-nascidos — defende.