Alguns aposentos apresentam umidade e sinais de infiltração nas paredes da instituição psiquiátrica da Capital
Fonte: Site Zero Hora - 23 de agosto de 2011.
Um dos principais hospitais psiquiátricos do Estado é público, mas depende do dinheiro de seus pacientes para funcionar com um mínimo de qualidade. Equipamentos como TV e ar-condicionado, materiais como lençóis e travesseiros e serviços terapêuticos são garantidos por meio de recursos próprios dos 270 internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na Capital.
Em uma visita à instituição, na segunda-feira, ZH pôde constatar carências que foram alegadas pelo ex-diretor-geral Lucio Barcelos como justificativa para o pedido de demissão formalizado sexta-feira passada e abriram uma crise na saúde.
Em uma das diferentes unidades de internação que integram o complexo, chamada Moisés Roithmann, os pacientes tiveram de desembolsar para contar com itens mínimos de conforto como climatização. Até roupas de cama já precisaram ser repostas.
Em outra unidade próxima, a Morel, em um pavimento localizado abaixo do nível da rua, as condições são mais precárias. Os quartos são úmidos, há sinais de infiltração nas paredes, e os banheiros tiveram as portas arrancadas pelos próprios pacientes.
Outro problema é falta de pessoal. Uma aparente contradição, já que há cerca de 700 funcionários para lidar com menos de 300 pacientes. Uma das explicações é a complexidade do trabalho, já que alguns doentes requerem atenção quase total, e outra é o grande número servidores afastados do serviço.