A Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde (Abrasus) conheceu as propostas de Érico Corrêa (PSTU) e Adão Villaverde (PT). A visita aos comitês ocorreu na tarde de quarta-feira, 19, e integra a série de encontros com os candidatos a prefeito de Porto Alegre. O objetivo da entidade é ouvir as propostas de saúde dos sete nomes que concorrem ao cargo. O candidato Jocelim Azambuja (PSL) inaugurou os encontros, seguido de Wambert Di Lorenzo (PSDB) e Roberto Robaina (PSOL).
Érico Corrêa: “Saúde é um contexto social”
O candidato do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Érico Corrêa recebeu a equipe da Abrasus, quando discorreu sobre vários temas, lembrando que é preciso contextualizar todas as áreas para trabalhar a saúde. “A saúde é um contexto social. Não há saúde sem trabalho, sem creche para as crianças”, exemplificou.
Para ele, a saúde de Porto Alegre depende da geração de renda a partir de três principais fontes de investimento: recursos destinados à Copa do Mundo de Futebol 2014, sistema público para o recolhimento de lixo e extinção do pagamento de juros da dívida financeira do Brasil. Além disso, Corrêa cita ainda o exemplo dos 48 mil imóveis desocupados na Capital devido a especulação financeira que deveriam, segundo ele, arcar com valores acrescidos no IPTU.
Entre as propostas de Corrêa está a compra de vacinas contra a gripe H1N1, caso o governo estadual/federal não forneça número suficiente para atender a população de Porto Alegre.
Adão Villaverde: criação de UPAS e atendimento até 22h nas UBS
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Adão Villaverde apresentou propostas de atenção à rede básica de saúde. “Vamos trabalhar uma política pesada de prevenção, apoio as unidades básicas de saúde (UBS), além de aumentar as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF)”, afirmou.
Villaverde informou que, se eleito for, criará seis Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) na Capital. Segundo ele, estas unidades são intermediárias entre as UBS e emergências, tornando possível o atendimento à 80% dos casos que chegam as emergências. Propôs ainda que algumas UBS permaneçam abertas até as 22 horas.
O teleagendamento de consultas e o cadastro de todos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contendo o histórico médico dos pacientes é outra proposta de Villaverde. De acordo com ele, desta forma é possível humanizar o sistema.
Para finalizar, o candidato informou que a verba para execução destes projetos será oriunda de três locais: orçamento municipal, através da exigência do investimento de 12% em saúde por parte do governo estadual e recursos do governo federal.
PRÓXIMOS ENCONTROS
A Abrasus está em contato com a assessoria de Manuela D’Ávila (PC do B) e José Fortunati (PDT) para agendar a visita e ouvir as propostas dos candidatos na área de saúde.