Fonte: Site Zero Hora - 01 de novembro de 2011.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou nesta segunda-feira sete novas recomendações para o controle do câncer de mama no país. Uma delas é que o início do tratamento ocorra em três meses e que os procedimentos complementares, de quimioterapia ou hormonioterapia, comecem, no máximo, em 60 dias. Além disso, a radioterapia deve ser feita em 120 dias.
As orientações complementam as lançadas no ano passado, que eram focadas em ações de prevenção, detecção precoce e informação de qualidade. Segundo o técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica da instituição Ronaldo Corrêa, desta vez, a lista é voltada ao tratamento de mulheres que já tenham tumores.
— Essas recomendações são importantes porque podem ter impacto na sobrevida das pacientes — explica.
Ele lembrou, durante o lançamento, que o câncer de mama é o tumor que mais mata a população feminina no Brasil, sendo responsável pela morte de 12 mil mulheres a cada ano.
O técnico do Inca acrescentou que a lista também traz recomendações sobre o acolhimento das pacientes. O instituto orienta que elas sejam acompanhadas por uma equipe que inclua médicos, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta; e que receba cuidados em um ambiente que respeite a autonomia, dignidade e confidencialidade.
— Quanto mais profissionais estiverem comprometidos com o tratamento melhor vai ser a assistência prestada a essas mulheres — ressaltou.
Ele lembrou que as recomendações não têm força de lei, mas seu cumprimento pode ser verificado pela sociedade. A lista com todas as recomendações está disponível no site do Inca. O documento impresso também será encaminhado às secretarias de Saúde dos estados e municípios.