Fonte: Site SIMERS - 11 de abril de 2012.
A retomada dos partos de gestantes em Guaíba, suspensos há 31 meses, tem reunião decisiva na manhã desta quarta (11) em Porto Alegre. Reunião que começa às 11h entre Unimed-POA, Secretaria Estadual da Saúde (SES) e prefeitura, na sede da cooperativa na Capital (Avenida Venâncio Aires, 1040), tratará da compra de vagas para garantir que as grávidas tenham seus filhos na cidade. A Unimed-POA tem um hospital em Guaíba e pode dar conta da demanda de procedimentos em obstetrícia. A medida é defendida pela ABRASUS (Associação Brasileira em Defesa dos Usuários de Sistemas de Saúde), e conta com apoio do Sindicato Médico do RS (SIMERS).
A direção da associação, que ingressou com ação civil pública para obrigar o município a comprar leitos na rede privada, aposta em acordo para pôr um fim a deslocamentos diários que colocam em risco mulheres e bebês, além de sobrecarregar a rede da Capital. "Interrompemos a reunião de conciliação na Justiça nesta terça, pois o prefeito informou sobre esta reunião. O bom senso vai prevalecer, e o direito das grávidas será reposto", reforçou a presidente da ABRASUS, Teresinha Borges. Ficou marcado novo encontro, em 15 dias, para que a prefeitura apresente o resultado da negociação com a SES e a Unimed-POA.
ENTENDA O CASO
O atendimento no Hospital Livramento (filantrópico) foi suspenso pela própria Justiça, a pedido do Ministério Público (MP), em agosto de 2009, devido à precariedade da estrutura e à falta de médicos. Hoje as grávidas precisam vir a Porto Alegre, o que sobrecarrega a rede da Capital. Maternidades e UTIs neonatais têm sido frequentemente fechadas devido à superlotação, lembra a direção do Sindicato Médico do RS (SIMERS). A entidade cobra uma medida que garanta estrutura adequada à assistência.
Há quase três anos as parturientes vêm sendo transportadas de ambulância, para terem seus bebês principalmente no Hospital Fêmina. Mais de 2,5 mil gestantes fizeram o trajeto no período. O prefeito Henrique Tavares prometeu construir um setor habilitado a realizar estes procedimentos pelo SUS no Pronto Atendimento Solon Tavares. Mas o local não ficará pronto e equipado para atender antes de fevereiro de 2013. A Abrasus moveu a ação em 2011 para oferecer alternativa (já que a obrigação da assistência é do gestor local) e evitar o deslocamento, enquanto o novo setor não começa a funcionar.